@MASTERSTHESIS{ 2020:698311218, title = {Adaptação e evidências de validade do Inventário de Modos Esquemáticos (Schema Mode Inventory) (SMI) para população brasileira}, year = {2020}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9354", abstract = "A Terapia do Esquema (TE) foi desenvolvida para o tratamento de pacientes com sintomas crônicos, transtornos caracterológicos ou Transtornos de Personalidade (TPs). Possuindo uma base Cognitivo-Comportamental, a TE integra elementos da teoria do apego, das relações objetais, abordagens psicodinâmicas, terapia cognitivo-analítica, dos esquemas pessoais, focada na emoção e Gestalt-Terapia. Três pilares fundamentais sustentam a abordagem: o conceito de Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs, ou esquemas); estratégias (também chamadas de estilos ou respostas) de enfrentamento desadaptativas; e o conceito de Modos Esquemáticos (MEs), desenvolvido posteriormente. Estruturas latentes relacionadas a traços de personalidade, os EIDs são compostos por cognições, emoções e sensações corpóreas. São desenvolvidos na infância e adolescência, como consequências da não satisfação de necessidades emocionais básicas, a partir da interação entre condições ambientais e pré-disposições inatas. Os esquemas são elaborados ao longo da vida, sendo ativados a partir de situações-gatilho que eliciam respostas de enfrentamento baseadas na hipercompensação, evitação ou resignação. Quando acionados, tanto individualmente como em grupos, os esquemas e estratégias de enfrentamento interferem no funcionamento do indivíduo, determinando diferentes formas de sentir, pensar e agir. Representando o estado no qual o indivíduo se encontra em um dado momento, estas diferentes configurações de sentimentos pensamentos e tendências comportamentais são chamadas de Modos Esquemáticos. A abordagem baseada em MEs foi desenvolvida para auxiliar na compreensão e tratamento de pacientes com Transtornos de Personalidade graves, permitindo que fossem identificados em termos de Modos Esquemáticos os diferentes conjuntos de sintomas internalizantes e externalizantes que compõem estes transtornos. Para facilitar a identificação dos MEs, tanto no contexto clínico como de pesquisa, foi desenvolvido o Inventário de Modos Esquemáticos (SMI). Trata-se de um instrumento de autorrelato que mensura a frequência de ativação de 14 Modos Esquemáticos, possuindo 124 itens pontuados em escala Likert de seis pontos. A presente dissertação tem como objetivo geral apresentar os processos de adaptação e estudo das evidências de validade do SMI para uso no Brasil. Inicialmente, é apresentada uma seção teórica com fundamentação sobre o tema. São abordadas de forma detalhada a origem da Terapia do Esquema e do termo Esquemas Iniciais Desadaptativos, bem como o conceito de Modos Esquemáticos e o contexto em que foi desenvolvido. As razões pelas quais a abordagem da TE baseada em Modos vem ganhando espaço e relevância são exploradas, sendo justificada a importância de adaptar e validar o instrumento para o contexto brasileiro, citando, ainda, estudos que realizaram esses processos em outros países. Após a fundamentação teórica, é apresentada uma seção empírica com o estudo intitulado “Adaptação e Evidências de Validade do Inventário de Modos Esquemáticos (SchemaModeInventory) (SMI) para a população brasileira”. Primeiramente, é descrito o processo de adaptação do SMI para o uso no Brasil, seguindo as orientações da instituição então detentora dos direitos autorais do instrumento, o Schema Therapy Institute (STI), que concedeu autorização para realização deste processo. Em seguida, são apresentadas as evidências de validade do Inventário, sendo descritos os processos realizados para este fim. A amostra foi selecionada por conveniência, e participaram do estudo 1.027 indivíduos de população geral. Além do SMI, foram aplicados o Inventário de Evitação de Young-Rygh (YRAI), o Inventário de Compensação de Young (YCI), o Questionário de Esquemas de Young – versão breve (YSQ-S3) e o Symptom Checklist (SCL-90), e a coleta foi realizada por meio de plataforma online e papel e caneta. Foi realizada Análise Fatorial Confirmatória (AFC) para a investigação da estrutura fatorial do instrumento, no ambiente R, com o pacote lavaan. A validade convergente foi verificada a partir da análise das correlações entre os Modos Esquemáticos, Esquemas Iniciais Desadaptativos, Estratégias de Enfrentamento Evitativas e Hipercompensatórias e sintomas psicológicos clínicos. Os índices de ajuste ao modelo fatorial foram considerados adequados, com χ² relativo de 2,4, SMRSR = 0.065, RMSEA = 0.042, CFI = 0.9 e TLI = 0.9. As subescalas apresentaram consistência interna adequadas, variando de α = 0.70 e Ω = 0.71 a α =0.90, Ω = 0.91. As cargas fatoriais padronizadas foram todas estatisticamente diferentes de zero e, em sua maioria, superiores ao valor estabelecido como critério, de 0.3. As análises de correlações bivariadas evidenciaram padrões de convergência, em sua maioria, correspondentes àqueles à priori hipotetizados, sendo discutidos os resultados mais relevantes do ponto de vista teórico. Por meio do presente estudo, verificou-se que a versão brasileira do SMI apresenta propriedades psicométricas satisfatórias, sendo considerado um instrumento adequado para utilização no contexto brasileiro, tanto na pesquisa quanto na prática clínica.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Escola de Ciências da Saúde e da Vida} }