@PHDTHESIS{ 2020:406984773, title = {Intersecções entre experiências de segurança e ameaça social e modelos de relação interna de autocompaixão e autocriticismo}, year = {2020}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9329", abstract = "A autocompaixão e o autocriticismosão processos psicológicos que podem ser considerados modelos de relacionamento interno, pois se referem à maneira como alguém se relaciona consigo mesmo em situações difíceis. A autocompaixão é uma atitude para lidar com o sofrimento e as falhas e tem sido considerada um preditor de saúde mental. O autocriticismoé uma postura severa e julgadora adotada nessas situações, e está associado a psicopatologias. A segurança social, percepção de conexão e segurança na relação com os outros e a comparação social, tendência a estabelecer relações hierárquicas e comparativas, também são importantes fatores de saúde mental. Oautocriticismo pode estar associados a experiências de exclusão e rejeição nas relações entre pares, a percepções negativas de comparação social e menores sentimentos de segurança social, enquanto a autocompaixão poderia atuar como um fator protetivo destes aspectos. O objetivo geral desta Tese foi investigar as intersecções entre a ameaça social e a segurança social e os modelos de relação interna de autocompaixão e autocriticismo em uma amostra brasileira de estudantes universitários. Na seção teórica, o Estudo Teórico 1 consiste em um capítulo de livro que teve como objetivo traçar associações teóricas entre a autocompaixão e as experiências de bullying em adolescentes. Reflexões acerca da relação entre os conceitos foram discutidas, e sugerem que maiores indicadores de autocompaixão podem não impedir as experiências de bullying, porém podem auxiliar os adolescentes no enfrentamento destas vivencias. Já o Estudo Teórico 2 teve como objetivo identificar associações da auto-compaixão com experiências de segurança social e ameaça social através de uma revisão sistemática. Foram encontrados 48 estudos avaliando a relação entre autocompaixão e as experiências de ameaça e segurança social, que foram discutidos à luz da Teoria das Mentalidades Sociais.No que se refere à seção empírica, o Estudo Empírico 1 teve como objetivovalidar a Escala de Proximidade e Ligação com os Outros para o português brasileiro. A amostra incluiu 689 estudantes universitários brasileiros, sendo 493 mulheres, com idade média de 27,13 (DP=8,411), que participaram de uma pesquisa online. Foi realizada uma análise fatorial confirmatória e os resultados confirmaram a estrutura unidimensional da escala, que demonstrou adequados indicadores de validade e fidedignidade para amostra total e para homens e mulheres. O Estudo Empírico 2 teve como objetivo verificar os efeitospreditores da segurança social e da comparação social nos níveis de da autocompaixão e autocriticismo. Participaram deste estudo 402 estudantes universitários, sendo 322 do sexo feminino, com média de idade média de 25,12 (DP=6,913) que acessaram uma pesquisa online e preencheram a Escala de Proximidade e Ligação com os Outros, a Escala de Comparação Social e a Escala de Autocompaixão de Neff. O modelo teórico proposto foi testado através de uma análise de modelagem de equações estruturais.Os resultados indicaram que todos os trajetos propostos no modelo foram estaticacamente significativos, e que a segurança social e a comparação social explicaram 26,5% e 33,6% da variação dos padrões de autocompaixão e o autocriticismo, respectivamente. Por fim, o Estudo Empírico 3 teve como objetivo analisar se existiam diferenças na comparação social, segurança social, autocompaixão e autocritcismo entre grupos normativos e grupos de minorias sexuais. Os procedimentos de coleta de dados e a amostra utilizados neste estudo foram os mesmos do Estudo Empírico 2. 328 participantes heterossexuais formaram o grupo normativo e 74 participantes lésbicas, gays, bissexuais formam o grupo de minorias sexuais. Análises comparativas foram realizadas, e os resultados sugerem que o grupo de minorias sexuais apresentou maiores indicadores de autocriticismo e menores indicadores de segurança social e comparação social, porém não foram encontradas difereças com relação a autocompaixão. Dessa forma, acredita-se que o objetivo geral da Tese foi atingido, e que foi possível produzir formulações teóricas e empíricas acerca das relações entre aameça social e a segurança social e os modelos de relação interna de autocompaixão eautocriticismo. Os achados encontrados nos cincos estudos podem contribuirpara o fomento de uma cultura de relações sociais seguras e afetivas e que não reforce relações hierárquicas e violentas em prol de melhor indicadores de saúde mental e bem-estar social em diferentes contextos.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Escola de Ciências da Saúde e da Vida} }