@PHDTHESIS{ 2020:827057225, title = {Planejamento de carreira em adolescentes com altas habilidades/superdotação}, year = {2020}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9298", abstract = "Embora os estudos tenham avançados em relação ao conhecimento do funcionamento e formas de atendimentos específicos aos indivíduos com altas habilidades/superdotação, no campo da orientação profissional os programas de carreira voltados a esse público ainda são escassos no Brasil. Objetivos: Esta Tese teve como objetivo geral verificar os efeitos de uma intervenção em orientação profissional para adolescentes com e sem superdotação, na escolha de carreira profissional. Para responder aos objetivos, foram elaborados dois estudos empíricos. O primeiro estudo comparou as características sociodemográficas, o nível de indecisão vocacional, a maturidade para escolha profissional, a autoeficácia geral percebida e os fatores de personalidade entre adolescentes com e sem superdotação. Além disso, buscou verificar associações entre as características sociodemográficas, nível de indecisão vocacional, maturidade para escolha profissional, autoeficácia geral percebida e fatores de personalidade dos adolescentes com e sem superdotação. O segundo estudo comparou os efeitos de uma intervenção em orientação profissional para adolescentes com e sem superdotação em relação à maturidade para escolha profissional, indecisão vocacional, autoeficácia geral percebida e sintomas de depressão, ansiedade e estresse no pré-teste (antes da intervenção), pós-teste (imediatamente após a intervenção) e follow-up (três meses após o término da intervenção). Método: A amostra foi composta por 31 adolescentes, sendo 12 com superdotação e 19 sem superdotação, com idades entre 13 e 20 anos. Os adolescentes foram recrutados por conveniência em uma escola pública e uma privada de Rio Branco – Acre, Brasil. Os superdotados foram identificados e encaminhados pelo Núcleo de Atividades para Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S) de Rio Branco. A intervenção ocorreu em grupo, em um período de oito semanas, com encontros semanais com duração de duas horas cada. A avaliação da intervenção foi realizada antes de seu início (pré-teste), imediatamente após o seu término (pós-teste) e dois meses após o término (follow-up). Antes do início da intervenção (pré-teste), os adolescentes foram convidados a assinarem o Termo de Assentimento ou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, o questionário de dados sociodemográficos, Critério de Classificação Econômica Brasil, Escala de Maturidade para Escolha Profissional, Bateria Fatorial de Personalidade, Escala de Indecisão Vocacional, Depression, Anxiety and Stress Scale e Escala de Autoeficácia Geral Percebida. O pós-teste ocorreu imediatamente ao término da oitava sessão, o follow-up foi realizado dois meses após o término da intervenção. No pós-teste e follow-up, os adolescentes responderam aos mesmos instrumentos aplicados no pré-teste, com exceção do questionário de dados sociodemográficos, critério de Classificação Brasil e a Bateria Fatorial de Personalidade. Os resultados dos dois estudos foram analisados por meio de frequências absolutas (n) e relativas (%) para variáveis qualitativas, e por média e desvio padrão para variáveis quantitativas. Devida a distribuição não normal dos dados, optou-se por utilizar testes estatísticos não paramétricos para analisar os dados. Para verificar se existiam diferenças estatisticamente significativas entre os grupos com e sem superdotação, utilizou-se o teste de U de MannWhitney para variáveis quantitativas e o teste do Qui-quadrado para variáveis qualitativas. No Estudo 1 para analisar se tinham correlações entre as variáveis utilizouse correlação de Spearman. No Estudo 2, para avaliar os efeitos da intervenção foi utilizado o teste de Wilcoxon para medidas repetidas de cada grupo avaliado, com objetivo de mensurar diferenças significativas em cada tempo avaliado (pré-teste, pósteste e follow-up). Também foram extraídos média, desvio padrão e mediana de cada teste utilizado. Com objetivo de comparar a diferenças de desempenho de cada grupo avaliado em relação a cada tempo foram calculados os deltas. Para comparar as diferenças significativas entre cada delta e entre cada grupo avaliado foi utilizado o teste de U de Mann-Whitney. Conclusões: No Estudo 1, verificou-se que os adolescentes sem superdotação apresentaram maiores níveis de neuroticismo. Os adolescentes com superdotação obtiveram maiores níveis de realização de autoeficácia geral percebida e apresentaram maiores níveis de determinação, extroversão, autoconhecimento e abertura, em comparação ao grupo sem dotação. Por outro lado, o grupo sem superdotação apresentou maiores níveis de responsabilidade e menores níveis de autoeficácia em comparação aos superdotados. No Estudo 2, os resultados mostraram que a intervenção em orientação profissional reduziu a indecisão vocacional e os sintomas de estresse nos dois grupos. Especificamente, adolescentes superdotados demonstraram aumento dos níveis de determinação, autoconhecimento e maturidade para escolha profissional entre o pré-teste e follow-up. Além disso, apresentaram diminuição dos sintomas de depressão e de estresse. Concluiu-se que os programas de intervenção em orientação profissional para adolescentes, com e sem superdotação, apresentam efeitos na redução do nível de indecisão vocacional e nos sintomas de estresse. Esses efeitos se mantêm, mesmo após dois meses de término da intervenção, no follow-up.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Escola de Ciências da Saúde e da Vida} }