@MASTERSTHESIS{ 2020:114112891, title = {Relação do comer intuitivo e da restrição alimentar com o estado nutricional de universitárias da Região Sul do Brasil}, year = {2020}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9317", abstract = "Perder peso por motivo de saúde ou estético independentemente do Índice de Massa Corporal (IMC) que o indivíduo tenha é um desejo comum e frequente, em especial na população feminina. Estudos apontam que tratamentos tradicionais baseados em restrição alimentar não são sustentáveis a longo prazo: grande parte dos indivíduos recuperam o peso que perderam ou ganham mais. A restrição alimentar pode ser fator de risco para transtornos alimentares, comer transtornado, obesidade, deficiências nutricionais, sintomas depressivos, aumento da ansiedade, isolamento social, piora da imagem corporal e autoestima. Como alternativa, o Comer Intuitivo, um conceito criado por duas nutricionistas americanas (Evelyn Tribole e Elyse Resch), vem crescendo na área científica, com a proposta de que o indivíduo se alimente de acordo com seus sinais internos de fome e saciedade, e não conforme uma dieta prescrita. Por ser uma área nova dentro da pesquisa, e tendo em vista o aumento do desconforto da população com o corpo e a comida, o comer intuitivo parece uma alternativa promissora. Não tendo sido feito estudo com amostra de universitárias brasileiras da Região Sul e comer intuitivo, este estudo teve como objetivo avaliar o Comer Intuitivo de universitárias da Região Sul do Brasil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) e sua relação com o IMC. Para tanto, foi usada a Intuitive Eating Scale-2 (IES-2), uma escala com 23 itens que avalia o quanto os indivíduos tendem a comer de forma intuitiva. Ela possui quatro subescalas: Permissão incondicional para comer, Comer por razões físicas e não emocionais, Confiança nos sinais internos de fome e saciedade e Congruência de escolha entre corpo e comida. Na seção teórica, em formato de capítulo de livro, foi feito um levantamento da literatura científica sobre os efeitos da restrição alimentar e uma apresentação detalhada do Comer Intuitivo. No primeiro artigo, apresentado na seção empírica, com desenho transversal, foi aplicado um questionário sociodemográfico, a IES-2 e uma escala de Restrição Alimentar em universitárias da Região Sul do Brasil via formulário online para verificar sua relação com o IMC. Ambas as escalas estão traduzidas e validadas para o português. A Restraint Scale também tem subescalas: 1) Preocupação em fazer dieta e 2) Flutuação de peso. O cálculo amostral foi de 385, mas o total de participantes foi de 1.012 estudantes (idades entre 18 e 66 anos, com média de idade de 25,4). Os resultados apontaram que comer de forma intuitiva pode proporcionar menor IMC quando analisados todos os estratos desse índice juntos. Quando são analisados por estratos separados, existiram variações (quanto maior a pontuação da IES-2 na eutrofia e no sobrepeso, maior o IMC; e no estrato da obesidade encontrou-se pontuação baixa, média e alta), o que sugere a complexidade do comportamento alimentar. No segundo artigo, foram avaliadas as evidências de validade da IES-2, que mostrou cargas fatoriais adequadas, apresentando Alpha de Cronbach de 0,88 na subescala Comer por razões físicas e não emocionais; 0,86 na subescala Confiança nos sinais internos de fome e saciedade; 0,86 na subescala Congruência entre corpo e comida e 0,70 na subescala Permissão incondicional para comer, demonstrando ser um bom instrumento para medir o comer intuitivo de universitárias brasileiras. Comer de acordo com sinais internos de fome e saciedade está relacionado com menor IMC. No entanto, ao analisar os estratos de IMC separadamente (eutrofia, sobrepeso e obesidade), essa relação não se confirma. Os dados deste estudo mostram a importância de analisar a peculiaridade e características de cada de faixa de IMC, considerando a complexidade dos determinantes que compõem o comportamento alimentar.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Escola de Ciências da Saúde} }