@PHDTHESIS{ 2020:1248559418, title = {Cascudinhos do sul do Brasil: sistemática, endemismo e relações usando novas abordagens (Loricariidae: Hypoptopomatinae)}, year = {2020}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9130", abstract = "Epactionotus e Eurycheilichthys são dois gêneros de cascudinhos com distribuição restrita ao sul da região Neotropical. Ambos foram foco de um trabalho realizado por Reis & Schaefer (1998), porém a descoberta e descrição de novas populações e espécies ao longo dos últimos 20 anos, resultou no desenvolvimento deste estudo visando incluir as novas espécies, estabelecer padrões filogenéticos e entender estruturação nas bacias em que os dois gêneros estão distribuídos. As espécies de Epactionotus habitam as porções rochosas de rios em uma limitada área geográfica da costa do Atlântico ao sul do Brasil. Cada uma das suas três espécies é endêmica a uma única drenagem (exceto por E. bilineatus), estando isoladas umas das outras por sistemas de lagoas costeiras ou pelo Oceano Atlântico. Epactionotus bilineatus é proveniente dos rios Maquiné e Três Forquilhas, ambos tributários do sistema do Rio Tramandaí, enquanto que E. itaimbezinho é endêmico do rio Mampituba e E. gracilis, do rio Araranguá. Recentemente, novas populações foram descobertas em drenagens costeiras adjacentes, mais especificamente, nos rios Urussanga, Tubarão, d’Una e Biguaçu. Um estudo integrativo de delimitação de espécies usando dados moleculares (citocromo oxidase subunidade I - COI) e morfologia (dados morfométricos e merísticos) foi aplicado visando avaliar o reconhecimento de espécies de populações isoladas. À luz dos novos dados, o gênero é rediagnosticado, o status das espécies/populações de Epactionotus é reavaliado e a validade das três espécies previamente reconhecidas foi corroborada. Quanto as novas populações, os dados suportam apenas aquela proveniente do rio Biguaçu, em Santa Catarina, como uma nova espécie. Os dados de distribuição e moleculares sugerem não apenas que as paleodrenagens tenham agido como barreiras, podendo explicar a distribuição das espécies, como também que a forte estruturação genética por bacia pode estar relacionada com especificidade de habitat. Quanto a Eurycheilichthys, o gênero compreende nove espécies endêmicas e restritamente distribuídas em apenas duas drenagens ao sul da região Neotropical. O gênero é mais comumente conhecido pelas espécies E. pantherinus, proveniente do alto rio Uruguai, e E. limulus, do alto rio Jacuí. As demais, e recentemente descritas, espécies do gênero, entretanto, são todas endêmicas e distribuídas em regiões de altitude da bacia Taquari-Antas, um tributário do baixo rio Jacuí. Esta diversidade, juntamente com seu endemismo, torna Eurycheilichthys um importante estudo de caso para entender biologia evolutiva. Análises filogenômicas foram realizadas e estruturação genética foi estimada comparando polimorfismos raros e comuns a partir de dados genômicos criados usando protocolo ddRADseq para 65 indivíduos das nove espécies, visando elucidar as relações entre as espécies e fornecer um componente de tempo de diversificação. As análises suportam Eurycheilichthys como um gênero monofilético, formado por dois clados com suporte absoluto e indicam duas linhagens no Taquari-Antas com divergência recente. Exceto por E. luisae, todas as espécies foram reconhecidas como sendo monofiléticas. Os menores padrões de estruturação encontrados no clado leste, sugerem que a maior diversidade encontrada no Taquari-Antas possa estar relacionada a um cenário bastante dinâmico, com a possibilidade de diversos eventos de captura de cabeceira", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade}, note = {Escola de Ciências da Saúde e da Vida} }