@MASTERSTHESIS{ 2020:76324314, title = {Por uma sociedade sem manic?mios : (im)possibilidades da reforma psiqui?trica no capitalismo brasileiro}, year = {2020}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9099", abstract = "Esta disserta??o investiga como vem se constituindo a Reforma Psiqui?trica brasileira, dos prim?rdios da luta antimanicomial at? o ano de 2019, considerando a centralidade do capitalismo brasileiro e de suas conjunturas pol?ticas espec?ficas. A partir de uma an?lise dos relat?rios finais das quatro confer?ncias nacionais de sa?de mental, bem como do Manifesto e da Carta de Bauru, buscamos compreender os diferentes contextos, atores, bandeiras e estrat?gias que emergem das fontes. Esta ? uma pesquisa documental de cunho qualitativo, baseada no m?todo materialista hist?rico-dial?tico e suas categorias ? historicidade, totalidade e contradi??o ? que possui como objetivo revelar as rela??es e as l?gicas do processo aqui estudado. A partir da an?lise de conte?do, buscamos descrever, interpretar e elaborar novas s?nteses que contribuam para o processo de consolida??o e aperfei?oamento da Reforma Psiqui?trica brasileira, compreendida n?o s? como um conjunto de pol?ticas p?blicas, mas como um processo que, sendo fruto da luta social, ? marcado por conflitos e disputas. Neste sentido, a reforma destaca-se n?o s? pelas mudan?as estruturais que produziu, contestando a l?gica manicomial, reproduzida desde a coloniza??o. Nem mesmo apenas pelo conjunto de mudan?as legais que a mesma engendrou. Mas, sobretudo, porque buscou construir um outro lugar social para a loucura, transformando radicalmente a vida das pessoas com sofrimento ps?quico. Este processo, oriundo da luta dos movimentos sociais, possibilitou que aqueles e aquelas, antes secund?rios, quando submetidos ao manic?mio, passassem a ocupar o protagonismo e a centralidade da elabora??o e efetiva??o do redirecionamento do modelo assistencial em sa?de mental no pa?s. Assim, ao analisarmos as quatro confer?ncias de sa?de mental, fica not?rio que a conjuntura pol?tica e econ?mica importa: n?o s? pelos impactos mais evidentes, atrav?s das a??es e ina??es de determinado governo para com a pol?tica ou pelas posi??es dos movimentos sociais; mas porque a hist?ria da Reforma Psiqui?trica ?, em realidade, uma faceta da hist?ria da luta de classes no Brasil. Sendo assim, um ?timo sinal ? a retomada de uma concep??o revolucion?ria de sa?de expressa pela Carta de Bauru, publicada em 2017, onde ocorre uma s?ntese entre os avan?os pr?ticos que a Reforma conquistou nas ?ltimas d?cadas e as perspectivas mais radicalizadas que marcaram o in?cio da luta antimanicomial. As posi??es expostas no documento, ao lado de sua defesa do socialismo, p?em em movimento a antiga consigna dos revolucion?rios e revolucion?rias socialistas, sintetizada por Rosa Luxemburgo: socialismo ou barb?rie.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Servi?o Social}, note = {Escola de Humanidades} }