@PHDTHESIS{ 2019:2133734064, title = {Microbiota de carrapatos de import?ncia em sa?de humana e veterin?ria no estado do Rio Grande do Sul}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9074", abstract = "Carrapatos s?o artr?podes hemat?fagos parasitos de vertebrados que causam preju?zo ? seus hospedeiros pelos danos diretos causados pela espolia??o sangu?nea, al?m de facilitarem a ocorr?ncia de mi?ase e infec??es bacterianas secund?rias. No entanto, o problema mais importante associado ? infesta??o por carrapatos ? a compet?ncia para transmitir agentes patog?nicos como v?rus, bact?rias, protozo?rios e nemat?ides. Dentre as esp?cies de carrapatos presentes no estado do Rio Grande do Sul (RS) com import?ncia para a sa?de humana e veterin?ria est?o as esp?cies Amblyomma aureolatum e Ornithodoros brasiliensis. A esp?cie A. aureolatum pertence ? fam?lia Ixodidae e seus hospedeiros naturais s?o aves e roedores silvestres nos est?gios imaturos e carn?voros silvestres na forma adulta, podendo tamb?m parasitar os animais dom?sticos e o homem. O carrapato A. aureolatum ? o principal vetor de Rickettsia rickettsii na regi?o metropolitana do Estado de S?o Paulo no bioma Mata Atl?ntica e tamb?m foi encontrado infectado por Rickettsia parkeri cepa Mata Atl?ntica no mesmo bioma. Tamb?m ? vetor do protozo?rio patog?nico para c?es Rangelia vitalii. O carrapato O. brasiliensis pertence ? fam?lia Argasidae e at? ent?o s? existem registros dessa esp?cie na regi?o conhecida como Campos de Cima da Serra no estado do RS. Os hospedeiros parasitados por essa esp?cie de carrapato podem sofrer um quadro de toxicose causado por componentes da saliva do parasito. Tamb?m existem relatos da presen?a de bact?rias do g?nero Borrelia presentes nesse carrapato. Al?m de bact?rias patog?nicas, assim como em outros metazo?rios, existe uma intera??o dos carrapatos com outros microrganismos trazendo benef?cios mutuos ?s esp?cies envolvidas. Diante disso os objetivos do estudo foram i) caracterizar o bacterioma de A. aureolatum e O. brasiliensis; ii) caracterizar o parasitismo e ampliar o conhecimento sobre a distribui??o de O. brasiliensis e iii) pesquisar bact?rias patog?nicas do g?nero Rickettsia em carrapatos e hospedeiros carn?voros silvestres. Em A. aureolatum, os filos bacterianos predominantes foram Proteobacteria (98,68%), Tenericutes (0,70%), Bacteroidetes (0,14%), Actinobacteria (0,13%) e Acidobacteria (0,05%). Os g?neros predominantes foram Francisella (97,01%), Spiroplasma (0,70%), Wolbachia (0,51%), Candidatus Midichloria (0,25%) e Alkanindiges (0,13%). Os filos predominantes em O. brasiliensis foram Proteobacteria (90,27%), Actinobacteria (7,38%), Firmicutes (0,77%), Bacteroidetes (0,44%) e Planctomycetes (0,22%). Os g?neros bacterianos predominantes foram Coxiella (87,71%), Nocardioides (1,73%), Saccharopolyspora (0,54%), Marmoricola (0,42%) e Staphylococcus (0,40%). Considerando os g?neros com potencial import?ncia em sa?de humana e animal que podem ser transmitidos por carrapatos destacam-se: (i) Coxiella sp., encontrada em todos os est?dios de O. brasiliensis; (ii) Francisella sp., encontrada em todos os esp?cimes de A. aureolatum e em ninfas n?o alimentadas de O. brasiliensis; (iii) Rickettsia sp., encontrada em f?meas de A. aureolatum e f?meas e ninfas de O. brasiliensis. Com rela??o a O. brasiliensis, aqui relatamos uma s?rie de casos cl?nicos associados ao parasitismo por esta esp?cie de carrapato em um grupo de turistas no munic?pio de Caxias do Sul, RS. Esses casos chamam a aten??o para s?ndromes n?o infecciosas subdiagnosticadas causadas por carrapatos com distribui??o local restrita. Esses resultados ampliam a distribui??o conhecida de O. brasiliensis, al?m de ser o primeiro registro dessa esp?cie em cavernas. Quanto a pesquisa de Rickettsia spp. em carrapatos de carn?voros silvestres, dos 292 carrapatos coletados, 22 (7,5%) foram positivos pela t?cnica de Rea??o em Cadeia da Polimerase (PCR) para a presen?a do DNA de Rickettsia parkeri sensu stricto (s.s.). Al?m disso, 20 (62%) dos can?deos silvestres apresentaram anticorpos contra R. parkeri. Os resultados sugerem que can?deos silvestres est?o envolvidos no ciclo enzo?tico de R. parkeri s.s. no bioma Pampa, participando de sua dispers?o e de seus vetores. Por fim, os resultados encontrados aqui contribuem para o entendimento da eco-epidemiologia das rela??es entre bact?rias e carrapatos de interesse em sa?de p?blica no RS. Espera-se que a caracteriza??o da microbiota dessas esp?cies de carrapatos aliada ? pesquisa adicional de pat?genos nesses vetores possa auxiliar na preven??o de doen?as no Brasil e a entender a hist?ria natural desses parasitos.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Biologia Celular e Molecular}, note = {Escola de Ci?ncias} }