@PHDTHESIS{ 2019:1689148969, title = {Infi?is e infidelidades : discursos e pr?ticas ? margem do projeto de convers?o}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9008", abstract = "O objetivo dessa tese ? analisar o discurso produzido pelos civis e mission?rios acerca dos ind?genas que habitavam a regi?o do Rio da Prata colonial. Tomamos como ponto de partida a funda??o dos primeiros centros urbanos (1536) e nos estendemos at? o final da d?cada de 1640, quando dos primeiros anos de estabelecimento das redu??es jesu?ticas na regi?o. O discurso colonial aponta para a exist?ncia de dicotomias de nativos bons/maus, amigo/inimigo, fiel/infiel. Ou seja, havia se consolidado uma divis?o entre os nativos que colaboravam com o projeto colonial e mission?rio, e aqueles que ficaram apartados desse processo. Este ?ltimo grupo, considera-se oportuno problematizar nesse estudo, pois, nas Cartas ?nuas e demais correspond?ncias, termos como natural, gentio e infiel foram utilizados, de forma recorrente, para identificar tais grupos ind?genas, entretanto, percebemos intencionalidades distintas ao utilizar cada termo. A partir da identifica??o, expl?cita ou impl?cita, destes termos, busca-se em um primeiro momento, compreender em que medida os ind?genas n?o part?cipes do projeto colonial foram utilizados pelos religiosos em seus discursos, sob o termo infiel, como justificativa para realizar as demandas dos pr?prios religiosos. Em um segundo momento, analisa-se os registros acerca das atitudes ou pr?ticas nativas, que emergem na documenta??o colonial, como infidelidades ind?genas, ou, quando tais pr?ticas foram apenas descritas, por?m n?o foram registradas nos textos sob tais termos. Neste caso, ao questionar-se sobre a omiss?o dos termos identificamos tra?os de costumes origin?rios que evidenciam uma convers?o parcial, ou mais bem ocasional ao catolicismo. Por fim, verifica-se que dentro das redu??es aqueles ind?genas praticantes de ritos cat?licos e, ao mesmo tempo, adeptos aos costumes tradicionais, poderiam ser classificados igualmente como infi?is, tanto quanto aqueles ind?genas colocados pelos discursos dos jesu?tas como ? margem da sociedade reducional. Ao suscitar tais questionamentos, ? poss?vel compreender em quais conjunturas determinadas express?es foram acionadas pelos religiosos, para descrever os grupos nativos, com distintas denomina??es, e suas poss?veis inten??es. E em quais circunst?ncias os termos foram omitidos no discurso, por?m os costumes ind?genas seguiam sendo realizados e registrados, configurando uma coexist?ncia de cren?as inerente aos nativos, e eventualmente descrita pelos religiosos.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Hist?ria}, note = {Escola de Humanidades} }