@MASTERSTHESIS{ 2019:1574461891, title = {Funcionalidade familiar e sobrevida dos longevos do projeto AMPAL}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8952", abstract = "Entende-se por longevidade a extens?o excepcional do tempo de vida. Conforme descritores, considera-se longeva a pessoa de 80 anos ou mais. Em 2050, esses indiv?duos ser?o 6,5%. Quanto maior o tempo de vida, maior tamb?m a chance de desenvolvimento de doen?as que comprometam a autonomia e a independ?ncia. Em situa??es que comprometem essas capacidades, a fam?lia tem papel de cuidado, assim como nas demais fases da vida. Espera-se que fam?lias com boa funcionalidade atuem de forma positiva sobre as condi??es de sa?de de seus componentes. Uma das maneiras de avaliar a funcionalidade familiar ? atrav?s do instrumento ?APGAR da fam?lia?, desenvolvido em 1978 por Smilkstein. Esse instrumento possui uma pontua??o de 0 a 10, sendo considerada de 0 a 4 disfun??o elevada, de 5 a 6 disfun??o moderada e de 7 a 10, boa funcionalidade familiar. O presente estudo teve como objetivo avaliar se a funcionalidade familiar, observada na entrevista inicial, influenciava a sobrevida dos nonagen?rios participantes da avalia??o realizada pelo Projeto Aten??o Multiprofissional do Longevo (AMPAL) em 2016. A identifica??o e coleta de dados foi realizada no domic?lio de idosos com 90 anos ou mais residentes em diversos bairros aleatoriamente identificados de Porto Alegre - RS. A situa??o de ?bito ou sobrevida do participante foi verificada atrav?s dos dados publicados no site da Central de Atendimento Funer?rio de Porto Alegre e por contato telef?nico. Nos participantes com ?bito o tempo de acompanhamento foi calculado pelo n?mero de meses entre a primeira avalia??o e a data do ?bito. J? entre os participantes sobreviventes o tempo de acompanhamento foi o n?mero de meses entre a primeira avalia??o e data do ?ltimo contato. Para an?lise de sobrevida, foram utilizadas as curvas de Kaplan-Meier e a Regress?o de Dano de Cox. Os nonagen?rios e centen?rios com disfun??o familiar elevada e moderada foram classificados como apresentando disfun??o familiar (DF). Dos 228 participantes, 73,25% eram mulheres. A m?dia et?ria feminina (92,57?3,70) foi maior que a masculina (p=0,029), as mulheres relataram menos anos de estudo (p=0,031), maior pontua??o no APGAR da fam?lia (9,07?1,75, p=0,631), maior frequ?ncia de vi?vas (p<0,001), menor pontua??o no MEEM (20,26?6,19; p<0,001) e maior n?mero de comorbidades (4,72?2,29, p=0,018). Tamb?m sa?am de casa e participavam de atividades sociais com menor frequ?ncia (p=0,002 e 0,06). Em rela??o ?s atividades da vida di?ria, as mulheres tiveram pior desempenho b?sico (0=0,021) e funcional (p<0,001). A m?dia do APGAR dos 228 participantes do AMPAL analisados foi de 9,05?1,81, a frequ?ncia de DF foi de 9,65%. A DF foi mais frequente em homens (31,18%; p=0,572), n?o brancos (18,18%; p=0,934), vi?vos (86,36%; p=0,351), n?o alfabetizados (95,45%; p=0,311) e residindo sozinhos (18,18%, p=0,634). Entre as condi??es de sa?de foram significativamente relacionados ? DF a autopercep??o de sa?de (p=<0,001), n?mero de sintomas depressivos (p<0,001) e a necessidade de ajuda para administrar medicamentos (p=0,061) foram os fatores relacionados ? DF. Essa associa??o manteve-se significativa na an?lise ajustada. O contato com 14 participantes foi perdido, mesmo ap?s 9 in?meras tentativas. Ao todo, foram acompanhados com ?xito 214 participantes, dos quais 61 (28,5%) faleceram. A m?dia de acompanhamento foi de 23,22?10,02 meses. Os participantes sobreviventes tiveram menor m?dia et?ria (p<0,001), maior pontua??o no MEEM (p<0,001), relataram sair de casa (p=0,01) e participar de atividades sociais (p<0,001) com maior frequ?ncia. Os sobreviventes apresentaram frequ?ncia similar para boa funcionalidade familiar (90% p=0,994), mas, com maior frequ?ncia estavam satisfeitos com o tempo que passavam com a fam?lia (p=0,032) e com a maneira pela qual a fam?lia demonstrava afei??o e reagia aos sentimentos (p=0,083). Na an?lise de sobrevida esses dois componentes foram significativamente associados ? menor raz?o de dano, mesmo ajustada por faixa et?ria, o mesmo acontecendo com o desempenho cognitivo, participar de atividades sociais e ter o h?bito de sair de casa. Os resultados permitem concluir o desempenho cognitivo, manter-se ativo f?sica e socialmente e o apoio familiar est?o relacionados ? maior sobrevida em nonagen?rios e centen?rios no Brasil.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Gerontologia Biom?dica}, note = {Escola de Medicina} }