@MASTERSTHESIS{ 2019:882125833, title = {Desenvolvimento de um modelo experimental in vitro para o estudo da excitotoxicidade glutamatérgica e do estresse oxidativo na neuromielite óptica}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8765", abstract = "O distúrbio do espectro da neuromielite óptica (NMOSD) é uma doença inflamatória/autoimune, caracterizada pela produção de autoanticorpos (IgG) contra o canal de água aquaporina-4 (AQP4), uma proteína altamente expressa na membrana celular de astrócitos. A ligação AQP4-IgG induz a abertura da barreira hematoencefálica, provocando astrocitopatia, destruição tecidual e desmielinização em estruturas como os nervos ópticos, medula espinhal, tronco cerebral e córtex. Sabe-se que os astrócitos são células que desempenha papéis importantes no SNC, como regulação da homeostase cerebral e de sinapses glutamatérgicas. Portanto, qualquer dano astrocitário pode comprometer o funcionamento da célula e interferir em processos biológicos, como na captação de glutamato. A regulação dos níveis de glutamato extracelular é realizada pelos transportadores de glutamato presentes em astrócitos. Quando estas células são danificadas, os níveis de glutamato extracelular aumentam, e o neurotransmissor se torna tóxico para as células nervosas, conferindo excitotoxicidade e gerando estresse oxidativo. Por esta razão, acredita-se que além da interação antígeno-anticorpo, a excitotoxicidade e o estresse oxidativo sejam fatores que podem estar relacionados a fisiopatologia da NMOSD. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um modelo experimental in vitro de NMOSD, utilizando astrócitos de 36 ratos adultos, a fim de investigar a influência da excitotoxicidade glutamatérgica e do estresse oxidativo na NMOSD. Para tal, os astrócitos foram expostos a amostras de soro AQP4+ e IgG purificada oriundas de pacientes com NMOSD. A caracterização do fenótipo celular foi avaliada pela técnica de imunocitoquímica e os efeitos citotóxicos da exposição do soro AQP4+ e da IgG purificada nas culturas celulares foram avaliados pelo ensaio de viabilidade celular (MTT). A capacidade das células de captar glutamato e a relação do estresse oxidativo também foram avaliadas através dos testes de exposição com L-[2,3-3H] glutamato e DCFHDA. Os dados obtidos mostraram que os autoanticorpos contra a AQP4 são citotóxicos para os astrócitos principalmente para astrócitos expostos ao soro AQP4+ e a IgG purificada em altas concentrações, prejudicando o transporte glutamatérgico e induzindo a produção de oxidantes intracelulares. Neste trabalho, concluímos que os 6 autoanticorpos são deletérios para astrócitos e capazes de induzir citotoxicidade. Além disso, prejudicam a captação de glutamato astrocitária e gera estresse oxidativo. Logo, pode-se inferir que estes fatores podem estar associados ao desenvolvimento de lesões no SNC observadas em pacientes com NMOSD.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica}, note = {Escola de Medicina} }