@MASTERSTHESIS{ 2019:544999032, title = {The Underground Railroad, de Colson Whitehead : metaficção, história e política na discussão pós-moderna}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8748", abstract = "A presente dissertação apresenta uma leitura do romance norte-americano The underground railroad (2017), do escritor Colson Whitehead, com ênfase nos temas: “metaficção”, “história” e “política”, na discussão pós-moderna. É apresentada uma revisão biográfica e da fortuna crítica do autor Colson Whitehead, suas motivações na escrita, bem como, suas percepções sobre o romance analisado, tendo como base sua fala em entrevista (National Public Radio, 2016), no intuito de relacionar as subjetividades da escrita do texto com o exercício político dos sujeitos afro-americanos. A tradição das narrativas de escravos afro-americanos é retomada, de acordo com os estudos de Bernard Bell (1987), Asharaf Rushdy (1999) e Timothy Spaulding (2005), a fim de refletir e teorizar sobre os tipos de narrativas observadas por estes teóricos: as slave narratives, as neoslave/neo-slave narratives e as postmodern slave narratives. Conjugada aos estudos sobre as narrativas de escravos, do ponto de vista da tradição e crítica literária, a articulação dos conceitos de “comunidade imaginada”, “entre-lugar” e “presente/passado” é proposta, numa discussão orientada pelas leituras de Anderson (2008), Bhabha (2013) e Hutcheon (1991). Propõe-se a retomada de pressupostos teóricos e discussões do pós-moderno, a fim de situar o leitor sobre, especialmente, o conceito de “metaficção historiográfica”, e apontar elementos observados por Linda Hutcheon (1989; 1991; 2000) na estética dos romances pós-modernos, tais como a ironia, paródia e interdiscursividade, na análise do romance de Whitehead. Com base nos estudos de Hutcheon (1991), é observado como a figura do “ex-cêntrico” incide no pós-moderno, especialmente, na metaficção historiográfica, forma de expressão máxima desse movimento, segundo esta pesquisadora, através da revisitação dos conceitos de “centro/margem” e de “história” como um texto já textualizado por escritas prévias. O enfoque sobre a escrita do romance afro-americano como uma possibilidade de afirmação cultural e política dos sujeitos afrodescendentes no contemporâneo é concatenado à discussão, com base na tese de Gilroy (2012). É possível concluir que o romance The underground railroad promove uma fértil revisão histórica da escravidão no continente norte-americano ao mesclar fato e ficção e fazer uso de artifícios, na ordem da forma e do conteúdo da narrativa, como a paródia, a ironia, a interdiscursividade e a intertextualidade com as narrativas de escravos afro-americanas originais e as pós-modernas, como a de Toni Morrison, Amada (1987). Ademais, é observado que as slave narratives, no âmbito literário, são ainda pouco estudadas no Brasil, bem como, são pouquíssimos os resultados de produções encontradas sobre o autor Colson Whitehead e o romance analisado, em língua portuguesa. Portanto, este estudo revela-se como uma possibilidade profícua de inserir o autor na nossa crítica contemporânea estrangeira e observar relações entre Brasil e Estados Unidos em sua produção literária ficcional e acadêmica sobre as narrativas de escravos originais e as pós-modernas.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Escola de Humanidades} }