@PHDTHESIS{ 2019:2089162597, title = {Caracteriza??o da forma??o de c?lulas persisters em salmonella enterica}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8689", abstract = "A Salmonella enterica ? uma importante bact?ria zoon?tica, associada a doen?as transmitidas por alimentos, devido ao consumo de alimentos contaminados, especialmente os de origem animal. Diferentes sorovares de S. enterica n?o-tif?ide s?o considerados pat?genos adaptados para infectar e sobreviver no interior de c?lulas fagoc?ticas, desencadeando quadros de gastrenterites em animais, incluindo humanos, por?m, na maioria das vezes, autolimitante. O uso de terapia antimicrobiana s? se faz necess?rio nos casos de salmonelose grave, sendo as fluoroquinolonas e as cefalosporinas de terceira gera??o os f?rmacos de escolha. Entretanto, a preval?ncia de isolados multirresistentes de S. enterica em amostras de diferentes origens t?m sido cada vez mais reportada, o que poderia levar a falhas no tratamento de infec??es com antimicrobianos. Por outro lado, o insucesso terap?utico e a recalcitr?ncia de infec??es tamb?m podem ser associados ? presen?a de c?lulas persisters. Diante disso, esse trabalho se prop?s a avaliar os n?veis de c?lulas persisters em isolados de S. enterica expostos aos antimicrobianos ciprofloxacina e ceftazidima, bem como a influ?ncia da exposi??o pr?via a aditivos alimentares animal na toler?ncia ? ciprofloxacina. Adicionalmente, buscou-se identificar transcritos diferencialmente expressos em c?lulas persisters de diferentes sorovares de S. enterica expostas ? ciprofloxacina e ? ceftazidima em cultivo planct?nico. Para tanto, foram avaliados 10 isolados de S. enterica, que se mostraram fracos formadores biofilme em superf?cie de poliestireno e suscet?veis ? ciprofloxacina, ceftazidima e colistina. Todos os isolados foram capazes de formar fra??es distintas de c?lulas persisters ap?s a exposi??o a 100X o valor da Concentra??o Inibit?ria M?nima (CIM) para ciprofloxacina ou ceftazidima em cultivo planct?nico e em biofilme. Os n?veis de persisters em biofilmes foram superiores ?queles encontrados em cultivo planct?nico para ambos os f?rmacos, bem como foi poss?vel observar uma heterogeneidade nesses n?veis entre os isolados de S. enterica frente a um mesmo desafio. Adicionalmente, foi constatada a presen?a de small colony variants (SCV) em meio ?s c?lulas sobreviventes ap?s as exposi??es ? ciprofloxacina em todos os isolados de S. enterica. Contudo, o fen?tipo SCV mostrou-se inst?vel, uma vez que foi observada a revers?o para o fen?tipo de col?nia normal (FCN) quando foram realizados sub-cultivos derivados destas col?nias na aus?ncia do agente estressor, mesmo ap?s repetidos ciclos de exposi??o ? ciprofloxacina. Da mesma forma, foi poss?vel verificar que foram encontrados n?veis semelhantes de persisters em um isolado de S. enterica ap?s os sucessivos ciclos de exposi??o ao mesmo f?rmaco, n?o ocorrendo sele??o de um fen?tipo altamente persistente, o que demonstra o car?ter n?oherd?vel da condi??o de persister. Tamb?m foi verificada heterogeneidade nos n?veis de persisters frente a f?rmacos com mecanismos de a??o diferentes, n?o indicando a persist?ncia como um fen?tipo de multitoler?ncia. Estes achados est?o de acordo com os padr?es heterog?neos de express?o g?nica encontrados frente ?s exposi??es ? ciprofloxacina e ? ceftazidima. As c?lulas oriundas de SCVs e FCNs, obtidas de cultivo planct?nico e de biofilme expostos ? ciprofloxacina foram avaliadas por meio de microscopia eletr?nica de varredura, sendo observado que os dois fen?tipos apresentaram forma e tamanho semelhantes, independentemente da condi??o de cultivo analisada. Entretanto, foi visualizada a presen?a de septo de divis?o e de filamenta??o em todos os morfotipos e condi??es de cultivo analisados. Cultivos planct?nicos de um subgrupo de seis isolados de S. enterica tamb?m foram expostos a concentra??es acima da CIM de colistina, tendo sido encontrado um isolado de S. Agona incapaz de formar persisters frente a esse f?rmaco. Nos demais isolados n?o s? foram detectadas c?lulas sobreviventes ao tratamento com colistina, como, interessantemente, ap?s 48 h de exposi??o, foi verificada a retomada do crescimento na presen?a de concentra??es do f?rmaco similares ?s iniciais. A sele??o de mutantes resistentes e de hetero-resistentes est?veis foi descartada nesta popula??o sobrevivente que se multiplicou na presen?a da colistina. Al?m disso, foi verificada que a exposi??o pr?via a concentra??es subinibit?rias de ?cidos org?nicos, colistina e, at? mesmo, de ciprofloxacina n?o influenciou nos n?veis de c?lulas persisters ap?s a exposi??o a concentra??es letais deste ?ltimo f?rmaco. Desta forma, estes resultados sugerem que os antimicrobianos testados, que foram ou ainda s?o empregados como aditivos alimentares adicionados ? ra??o ou ?gua de bebida em cria??o animal, n?o induziram a toler?ncia a antimicrobianos nem selecionaram mutantes altamente persistentes. De uma maneira geral, os achados deste trabalho sugerem que al?m da poss?vel presen?a de v?rias estrat?gias adaptativas para a sobreviv?ncia frente a estressores antimicrobianos entre isolados de S. enterica, um ?nico isolado pode originar popula??es fisiologicamente distintas de persisters, onde c?lulas que vivenciam condi??es estressoras diferentes possam adotar estrat?gias de sobreviv?ncia variadas e talvez complementares.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Biologia Celular e Molecular}, note = {Escola de Ci?ncias} }