@MASTERSTHESIS{ 2019:1352111366, title = {A guerra como regime de biopoder : um estudo em Giorgio Agamben e Antonio Negri}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8617", abstract = "Nosso trabalho tem por escopo analisar e problematizar a guerra e a violência através de uma abordagem filosófica apoiada na categoria do biopoder, especialmente à luz das obras de Giorgio Agamben e Antonio Negri. Por um lado, as análises de Agamben sobre o estado de exceção sustentam uma leitura do biopoder centrada numa tanatopolítica do fazer sobreviver, da produção de uma sobrevida, uma vida nua e matável, ou, em outras palavras, um poder de exposição à morte, que tem por paradigma contemporâneo os campos de concentração. Por outro, Antonio Negri observa na guerra caraterísticas ativas e produtivas, fundamentalmente ligadas aos processos de globalização e supranacionalização jurídica, que, com o alisamento do espaço imperial e a aproximação das desigualdades, normalizam um estado de guerra permanente, uma governamentalidade bélica, investindo a vida e o espaço social, em todas as suas esferas, num enredo de violência constante: uma vida murada, protegida, vigiada e securitizada. De todo modo, o que resta das duas perspectivas, o que perpassa as duas análises, é a centralidade da vida, seja através do seu investimento em dispositivos securitários, seja na sua exposição à decisão soberana, ao poder de morte. Nossa proposta de trabalho está situada neste duplo efeito que acompanha a categoria do biopoder, procurando analisá-lo e problematizá-lo: se o estado de guerra global se caracteriza, no pensamento de Antonio Negri e Giorgio Agamben enquanto um regime de biopoder, enquanto uma relação social permanente, quais são, portanto, seus efeitos? Ele produz vida, formas de vida, uma vida murada e protegida, ou, pelo contrário, está centrado numa produção da morte e da sobrevida, na exposição à morte que caracteriza a mera vida, a vida nua? Neste sentido, seria possível encontrar um terreno comum entre os dois postulados? Se esse estado de guerra global está perpassado pelas dinâmicas supranacionais, qual o papel do Estado e do poder soberano? Há uma articulação entre a ordem imperial e as políticas de exceção?", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Escola de Humanidades} }