@MASTERSTHESIS{ 2014:762010563, title = {Maus-tratos na infância e mediadores inflamatórios na desintoxicação de usuárias de crack}, year = {2014}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/869", abstract = "JUSTIFICATIVA: Estudos recentes têm demonstrado que tanto o estresse precoce, quanto o abuso de drogas, especialmente a cocaína, tem fortes efeitos sobre o sistema inflamatório. Considerando que maus-tratos na infância (MI) têm sido descrito como um importante fator de risco para a dependência, este estudo teve como objetivo investigar níveis periféricos de mediadores inflamatórios durante a abstinência inicial de cocaína tipo crack em usuárias do sexo feminino, com e sem história de MI. MÉTODO: A presente dissertação é composta por dois estudos empíricos. O primeiro é um estudo de follow-up que investigou três adipocitocinas em 104 dependentes de cocaína tipo crack e 18 controles saudáveis. Os níveis plasmáticos de adiponectina, resistina e leptina foram avaliados a cada sete dias, durante três semanas, através de ELISA. O segundo é um estudo transversal que investigou o TNF-alfa e quatro membros da superfamília do TNF, através de ELISA e citometria de fluxo em 44 dependentes de cocaína tipo crack e 25 controles saudáveis. Ambos os estudos utilizaram o Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) para avaliar retrospectivamente história de maus tratos na infância das participantes. RESULTADOS: O primeiro estudo destacou que as usuárias de crack aumentaram os níveis plasmáticos de leptina durante a abstinência inicial, apesar de as concentrações terem se mantido mais baixas em comparação com o grupo controle. Já em relação aos níveis de adiponectina, o grupo de usuárias que sofreu MI apresentou níveis reduzidos em relação às usuárias sem MI. Além disso, somente o grupo de usuárias sem MI tiveram aumento dos níveis plasmáticos de adiponectina durante a desintoxicação. Já o segundo estudo evidencia que as usuárias com MI tinham níveis mais elevados de TNF-alfa e menor de TWEAK em comparação com as usuárias sem MI e o grupo controle. sTNFRII estava elevado, mas apenas em comparação com os grupos de usuárias de crack e controles. Os níveis de TRAIL estavam levemente elevados no grupo com MI, enquanto não foram encontradas diferenças entre os grupos nos níveis de sTNFRI. Além disso, o nível plasmático de TNF-alfa foi predito positivamente pela gravidade de craving e de MI. CONCLUSÃO: A presente dissertação corrobora com o conhecimento sobre a associação entre o estresse precoce e os níveis pró-inflamatórios periféricos através de resultados inéditos na literatura para a população estudada. Os resultados mostram anomalias inflamatórias na dependência de crack e explora os efeitos cumulativos em relação aos maus-tratos na infância como fator relevante para esta desregulação.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Faculdade de Psicologia} }