@MASTERSTHESIS{ 2014:1496584073, title = {Eu e o outro na cidade : relações de autoria e audiência na pichação}, year = {2014}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/858", abstract = "O presente estudo, apresentado como requisito para obter o grau de mestre em Psicologia, parte de uma base de compreensão dos fenômenos através da matriz sócio-histórica. Através desse referencial teórico, e dos aportes dialógicos oferecidos pela lingüística, se entende a pichação como ato comunicacional em que a relação de autoria e audiência é concernente. Desta forma, o objetivo que guia esse estudo é compreender as relações de autoria e audiência presentes no diálogo urbano entre a díade pichadorestranseuntes. A abordagem desta temática sucedeu-se de duas maneiras complementares, as quais constituem o corpo dessa dissertação em dois artigos. A perspectiva etnográfica acompanhou e gerou dados relativos ao fenômeno da pichação durante o período de cinco anos (2009-2013), sendo composta por diários de campo, registro fotográfico, entrevistas com pichadores, transeuntes e donos de estabelecimentos comerciais de regiões em que o picho se alastrou nos últimos anos. O material coletado demonstrou as relações de sociabilidade entre os pichadores e o processo de invisibilidade e visibilidade que permeia as suas vivências na cidade. A busca por reconhecimento no endogrupo e exogrupo também foram marcadores importantes nos discurso dos praticantes, além da individualização desse ato e a sua possível relação com tal reconhecimento. A relação com os integrantes de outras práticas, como o graffiti, mostrou-se instável devido ao afastamento de alguns grafiteiros daquilo que seria os primórdios da intervenção de rua, ou seja, a transgressão. A abordagem do tema através da perspectiva do self-dialógico, com o foco nas entrevistas realizadas com os pichadores e transeuntes, auxiliou na compreensão das posições do eu que ambos os grupos situavam-se quando questionados sobre a relação de autoria e audiência pertinente a pichação. Os resultados demonstraram a dificuldades dos dois grupos de se relacionarem com a alteridade, apresentando discursos monológicos, fortemente impregnados por posições reiteradamente veiculadas na mídia (transeuntes) e dicotômicas (pichadores). A dificuldade de se posicionar em termos de alteridade subsidia as relações de distanciamento entre os pichadores e transeuntes, conferindo aspectos negativos às vivências da cidade para ambos os grupos.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Faculdade de Psicologia} }