@PHDTHESIS{ 2017:1589789889, title = {Condi??es e modo de vida das pessoas idosas em situa??o de rua}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8060", abstract = "As condi??es e modo de vida das pessoas em situa??o de rua merecem ser estudadas devido ? complexidade de fen?menos como a transi??o demogr?fica na rua, a dificuldade de reinser??o social, o desemprego estrutural, a desconstru??o social e a desvaloriza??o do indiv?duo, configurando essa camada como quem vive na mis?ria extrema, desvinculada da produ??o social, e que se dedica a atividades marginais (FERNANDES; RAIZER; BR?TAS, 2007). Este estudo ir? contribuir para suprir uma lacuna na ?rea do conhecimento, pois estudos sobre idosos em situa??o de rua s?o incipientes. Este ? um estudo de natureza descritiva e abordagem qualitativa cujo objetivo geral ? compreender as condi??es, o modo de vida e as repercuss?es do envelhecimento para pessoas com mais de sessenta anos de idade, que vivem em situa??o de rua em Porto Alegre. Foram selecionadas 19 pessoas idosas em situa??o de rua, por amostragem aleat?ria simples e fechamento amostral por satura??o te?rica, entrevistadas nos servi?os de acolhimento da FASC e tamb?m nas ruas no per?odo de 2015 a 2017. Foi realizada an?lise textual discursiva conforme proposta por Roque Moraes. A maior parte dos pesquisados t?m entre 60 e 69 anos, s?o negros ou pardos, t?m ensino fundamental incompleto, trabalham ou n?o t?m renda, ficam nas ruas e est?o nessa condi??o h? um per?odo entre 1 a 5 anos, em decorr?ncia de desentendimentos familiares e dif?ceis condi??es financeiras. Declaram estar nas ruas por falta de oportunidades e acesso aos direitos fundamentais. T?m como estrat?gias de sobreviv?ncia o recurso a locais movimentados, o uso dos dispositivos de acolhimento institucional, o v?nculo com conhecidos que doam roupas e alimentos, o trabalho informal e, no caso das mulheres, o relacionamento com um companheiro. Para as pessoas em situa??o de rua, qualidade de vida ? ter acesso ?quilo que n?o possuem, como sa?de, alimenta??o, fam?lia/cuidador/esposa e uma ?pecinha? para morar. Expressam a viol?ncia estrutural e a interseccionalidade vivenciadas desde o nascimento, na neglig?ncia do Estado, na falta de acesso ?s pol?ticas p?blicas de trabalho, educa??o, sa?de, habita??o, entre outras. Suas experi?ncias sociais s?o influenciadas tamb?m por marcadores de diferen?a de g?nero, de etnia, de territ?rio, de classe social, de condi??o f?sica, entre outros. A viol?ncia institucional se expressa nos atendimentos que recebem ou pela neglig?ncia e a viol?ncia de g?nero ? t?o comum que chega a reduzir significativamente o n?mero de mulheres em situa??o de rua, de forma que procuram quaisquer outras maneiras de sobreviv?ncia. Relatam que teriam qualidade de vida se tivessem uma outra hist?ria, com acesso aos seus direitos b?sicos de cidadania. Enquanto vivenciam a priva??o de direitos, acreditam que n?o h? qualidade de vida, exceto a f? que os mant?m. O estudo concluiu que ? importante que se criem espa?os para discutir essas quest?es a n?vel nacional, na academia e no ?mbito das pol?ticas p?blicas, dando voz para que essa popula??o expresse suas demandas e que o Estado possa garantir os direitos b?sicos dessa popula??o, ponto fundamental para promo??o de um envelhecimento ativo.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Gerontologia Biom?dica}, note = {Escola de Medicina} }