@PHDTHESIS{ 2018:722754284, title = {Fisioterapia respiratória, capacidade de exercício e predição de mortalidade em pacientes com fibrose cística}, year = {2018}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8026", abstract = "Introdução: A fibrose cística (FC) é uma doença genética, multissistêmica, caracterizada pela perda progressiva da função pulmonar e obstrução das vias aéreas. Assim, a limitação ao fluxo aéreo e a hiperinsuflação dinâmica podem limitar da capacidade de exercício desses pacientes. Além disso, a capacidade de exercício têm se correlacionado com a sobrevida de crianças e adultos com FC. Objetivo: Avaliar o efeito da fisioterapia respiratória sobre a capacidade de exercício e o papel do consumo máximo de oxigênio como preditor de mortalidade em pacientes com FC. Métodos: Está tese está dividida em dois artigos. O artigo 1 foi um estudo piloto, prospectivo, randomizado e cross-over realizado em crianças com diagnóstico de FC, com idade >9 anos e >128 cm de altura. Foram realizadas duas visitas com um mês de intervalo, sendo uma com a realização da fisioterapia respiratória utilizando pressão expiratória positiva e drenagem autogênica, antes da espirometria, pletismografia e do teste de exercício cardiopulmonar (TECP), e outra sem a realização da fisioterapia respiratória. O TECP foi realizado no ciclo ergômetro com a utilização do protocolo de Godfrey. Todos os testes seguiram as recomendações internacionais. O artigo 2 consistiu em uma revisão sistemática e meta-análise, no qual foi realizada uma pesquisa on-line nas bases de dados PubMed, Embase, LILACS e SciELO. Foram incluídos estudos de coorte que avaliaram as taxas de mortalidade após medições do consumo máximo de oxigênio (VO2pico) durante um TECP. A análise de qualidade dos artigos selecionados foi realizada com a escala Newcastle-Ottawa. O principal desfecho avaliado foi a mortalidade de pacientes com FC. Sempre que possível, e se apropriado, foi realizada uma meta-análise de efeito aleatório. Resultados: No estudo 1 foram incluídos 12 pacientes com FC com média de idade de 12,83±1,85 anos, o índice de massa corporal em escore Z foi 0,08±0,82 e 75% deles apresentavam um alelo ΔF508. Não foram encontradas diferenças significativas no consumo máximo de oxigênio com a realização da fisioterapia respiratória. No entanto, houve uma diminuição significativa na ventilação minuto (VE) e nos equivalentes ventilatórios para o consumo de oxigênio (VEVO2) e para a produção de gás carbônico (VEVCO2) no limiar anaeróbico quando realizaram fisioterapia respiratória antes do TECP. A média da VE (L.min-1) foi 26,67±5,49 vs 28,92±6,30 (p=0,05), VEVO2 (L.min-1) foi 24,5±1,75 vs 26,05±2,50 (p=0,03) e VEVCO2 (L.min-1) foi 26,58±2,41 vs 27,98±2,11 (p=0,03). No estudo 2 foram incluídos seis estudos de coorte, totalizando 551 participantes. Cinco estudos foram classificados com alta qualidade metodológica. Foram realizadas duas análises diferentes para avaliar a influência do VO2pico sobre a mortalidade. A diferença total padronizada significativa entre as médias do VO2pico nos grupos sobrevivente ou não-sobrevivente foi -0,606 (IC95%= -0,993 – -0,219; p=0,002). Além disso, os pacientes com menor VO2pico foram associados a um risco de mortalidade significativamente maior (RR: 4,896; IC95%= 1,086 – 22,072; p=0,039). Conclusão: Os resultados obtidos sugerem que a realização de fisioterapia respiratória antes do exercício pode levar a uma melhora da dinâmica ventilatória durante o exercício em pacientes com FC. Além disso, a revisão sistemática com meta-análise demonstrou que baixos níveis de absorção máxima de oxigênio estão associados a um aumento de 4,8 vezes no risco de mortalidade na FC, indicando que o VO2pico também pode ser uma importante variável de acompanhamento.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança}, note = {Escola de Medicina} }