@MASTERSTHESIS{ 2018:601655536, title = {Incidência clínica de fratura de limas endodônticas de níquel-titânio acionadas em cinemática rotatória contínua versus cinemática reciprocante : uma revisão sistemática e meta-regressão}, year = {2018}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7882", abstract = "Introdução: A fratura de instrumentos endodônticos de níquel titânio pode ter um impacto negativo no prognóstico do tratamento, sobretudo por bloquear ou impedir o acesso ao sistema de canais radiculares em toda sua extensão, comprometendo a sua modelagem e sanificação. Resultados de estudos in vitro sugerem que o movimento reciprocante pode reduzir os riscos de fratura por torsão e fadiga cíclica dos instrumentos de NiTi, comparado ao movimento de rotação contínua. Ainda assim, a maioria dos estudos que avaliam a resistência à fratura de instrumentos no movimento reciprocante e rotatório são estudos in vitro, cuja geração de evidências é limitada em comparação ao nível de evidência gerada por estudos clínicos em humanos. Portanto, a presente revisão sistemática investigou se a evidência disponível suporta a hipótese de que o movimento reciprocante resulta em uma menor incidência clínica de fratura de limas de NiTi, em comparação com a cinemática rotatória. Metodologia: Foram pesquisadas as bases de dados PubMed, Embase, Isi Web of Science e Cochrane Library até agosto de 2017, sem restrição de idiomas. Além das buscas eletrônicas foram realizadas buscas manuais por referências adicionais em capítulos específicos de livros relevantes na área e também busca na literatura cinza. Com base nos critérios de inclusão e exclusão, dois revisores avaliaram independentemente a qualidade de cada estudo com base na escala de NewCastle Ottawa. A principal variável de exposição foi o tipo de cinemática empregada para o preparo do canal radicular (rotatória contínua ou reciprocante) e a variável de desfecho primário foi determinada pela incidência de fratura de instrumentos de NiTi em tratamentos endodônticos. A incidência de fratura foi registrada, tendo como unidade de análise: pacientes, dentes, instrumentos ou canais. Outras variáveis de confundimento coletadas incluiram: país, ano de publicação, desenho do estudo, tipo de sistema, grupo de dentes, número de sessões, operador e número de usos dos instrumentos de NiTi. As fontes de heterogeneidade foram exploradas e a meta regressão logística bi e multivariada foram realizadas para calcular as estimativas agrupadas – odds ratios (OR) e 95%IC – para a incidência de fratura de instrumentos, avaliando o papel da exposição principal e das co-variáveis, como moderadores do desfecho. Resultados: Entre os 737 artigos inicialmente identificados, após remoção das duplicatas, 39 compuseram a análise quantitativa final, dos quais 32 reportavam o uso de rotação contínua e 7 o uso de cinemática reciprocante. Trinta e sete estudos foram incluídos na meta regressão (N=48.405 instrumentos). A incidência clínica agregada de fratura de limas de NiTi foi de 2,43%, sendo de 2,62% para o movimento rotatório contínuo e de 0,4% para a cinemática reciprocante. Na análise bivariada, o movimento rotatório contínuo demonstrou uma incidência maior de fratura em relação à cinemática reciprocante (OR=6,39, IC95%=1,10- 36,9), e as outras covariáveis associadas (p<0,05) com a incidência de fratura foram: ano de publicação, operador e número de usos dos instrumentos. Os modelos multivariados revelaram que o número de usos de limas de NiTi em >1 dente (OR=6,46, IC95%=1,42-29,3) e que operadores clínicos gerais (OR=11,8, IC95%=1,49-93,5) foram associados de modo independente com uma maior incidência de fratura de limas de NiTi, enquanto que a cinemática demonstrou-se não-significante (OR=1,56, IC95%=0,24-10,0) após os ajustes. Conclusões: A evidência disponível, oriunda de estudos observacionais, é limitada porém consistente, sugerindo que a cinemática reciprocante está associada com uma menor incidência de fratura de limas de NiTi, quando comparada ao movimento de rotação contínua. Além disso, os resultados revelaram que outros fatores clínicos relacionados às habilidades do operador, ao número de usos dos instrumentos de NiTi, e aos avanços na composição das ligas bem como no desenho das limas, demonstraram ser fatores mais relevantes para a prevenção da fratura do que o tipo de cinemática empregada.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Odontologia}, note = {Escola de Ciências da Saúde} }