@MASTERSTHESIS{ 2017:636500810, title = {Busca de informa??es online sobre paciente : rela??o terap?utica, estilo pessoal do terapeuta e fatores associados}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7850", abstract = "Introdu??o: Diversas modifica??es v?m sendo observadas no mundo em decorr?ncia da presen?a crescente da Internet na vida das pessoas e o acesso cada vez mais facilitado aos dispositivos necess?rios para sua utiliza??o. No Brasil, a propor??o de quem tem acesso ? rede mundial de computadores e ?s Tecnologias da Informa??o e Comunica??o (TICs), que a viabilizam, ainda ? menor do que na maioria dos pa?ses do Hemisf?rio Norte, por?m, mais da metade da popula??o, em nosso pa?s, j? tem este servi?o dispon?vel em seu cotidiano. Nos ?ltimos anos, estudos v?m sendo conduzidos na inten??o, principalmente, de avaliar, e comparar com modelos tradicionais, a viabilidade e a efic?cia de atendimentos e servi?os de Psicologia atrav?s dos meios digitais. Por?m, as TICs tamb?m invadiram o espa?o psicoter?pico tradicional. Atualmente, tanto terapeuta quanto paciente encontram-se conectados, s?o figuras ativas que influenciam e s?o influenciadas dentro deste contexto de transi??o nas formas de se relacionar e acessar informa??es. A figura do cl?nico, a maneira pr?pria e singular com que ele desenvolve e se coloca em seus atendimentos, ou seu Estilo Pessoal do Terapeuta (EPT), s?o vari?veis moderadoras do processo terap?utico e influenciam fortemente em seu desfecho. Dessa forma, estas vari?veis tamb?m podem influenciar a postura e a percep??o dos profissionais frente ?s mudan?as que a digitalidade vem proporcionando dentro da Psicologia. Uma realidade ainda pouco explorada e discutida da intersec??o das TICs e o exerc?cio da psicoterapia ? a possibilidade de os psic?logos buscarem informa??es sobre seus pacientes em m?dias digitais, como a rede social Facebook, ou ferramentas de busca como o Google. Esta tem?tica da busca de informa??es sobre pacientes na Internet ganhou, nos ?ltimos anos, maior aten??o de pesquisadores, principalmente norte-americanos. As discuss?es abordaram o levantamento da frequ?ncia com que estas pr?ticas ocorriam, poss?veis implica??es ?ticas envolvidas e as poss?veis repercuss?es da posse destas informa??es no setting e na rela??o dos profissionais com seus atendidos. Por?m, a grande maioria dos estudos que aborda a tem?tica da Internet dentro da Psicologia se refere sobre a efetividade de tratamentos online e, mesmo com a exist?ncia dos referidos estudos, o posicionamento dos pesquisadores ainda demonstra incerteza e ponderam a necessidade de mais debates e diretrizes mais espec?ficas e atualizadas. Outrossim, foi observada uma lacuna, principalmente dentro do cen?rio nacional, significativa dos trabalhos em psicologia acerca da produ??o de conhecimento a respeito de diretrizes e posturas ?ticas para terapeutas nas redes sociais. Objetivo: Descrever a frequ?ncia com que ocorre e as influ?ncias percebidas pelos psicoterapeutas no uso da Internet como fonte de informa??es sobre pacientes no tratamento destes e investigar associa??es entre os posicionamentos adotados pelos cl?nicos, a linha te?rica e o EPT. M?todo: Pesquisa com delineamento misto e transversal utilizando uma Entrevista Semidirigida (Ap?ndice A), Question?rio sobre informa??es online de pacientes (Anexo B) e Question?rio de Estilo Pessoal do Terapeuta (EPT-Q) (Anexo C). Na etapa quantitativa, participaram 108 psic?logos cl?nicos, 13 homens (12,04%) e 95 mulheres (87,96%), cujas idades variaram entre 23 e 65 anos. Na fase qualitativa, cinco psic?logos cl?nicos de diferentes linhas te?ricas com idades entre 26 e 58 anos foram entrevistados. Estat?sticas descritivas e inferenciais foram calculadas e os dados qualitativos foram submetidos ? An?lise Interpretativa (Erikson, 1986). Resultados: A maioria dos entrevistados n?o realiza (69,47%) ou nunca realizou (61,05%) atendimentos virtuais nem possui blog ou website profissionais, por?m utiliza ao menos alguma TIC para se comunicar com seus pacientes. Uma parcela significativa da amostra (41,05%) alegou j? ter usado intencionalmente algum meio virtual para achar informa??es sobre seus pacientes atuais e uma parcela ainda maior (76,84%) alegou ter se deparado acidentalmente com informa??es de seus pacientes na web. As principais ferramentas mencionadas como meios de coleta destas informa??es foram o mecanismo de procura Google e a rede social Facebook. Independente se intencional o acidentalmente, mais da metade (63,16%) dos entrevistados que encontrou informa??es de seus pacientes na Internet n?o informou aos pacientes que tinham acessado essas informa??es. A maioria dos profissionais que se deparou com este tipo informa??o n?o percebeu qualquer influ?ncia no tratamento dos pacientes em quest?o, sobre a sua capacidade de manter a objetividade ou sobre o qu?o confort?vel eles se sentiam junto aos seus pacientes. A maior parte dos entrevistados tamb?m n?o observou preocupa??o em revelar informa??es n?o trazidas por seus pacientes em sess?o nem relatou se sentir de alguma forma sobrecarregado pelas informa??es obtidas via Internet. Referente ? Rela??o Terap?utica (RT), 74,1% dos entrevistados n?o observaram efeito algum ap?s descobrir informa??es de seus pacientes na Internet. Mais de 22,2% observaram algum tipo de melhora na sua rela??o com os pacientes e 3,7% perceberam uma piora. Quando indagados sobre os aspectos ?ticos, 46,2% assinalaram que ?de forma alguma? feriram algum limite da profiss?o, 46,2% julgaram suas a??es entre n?o ter ultrapassado nenhum limite e ter ultrapassado um pouco os limites profissionais e, apenas, 7,7% dos respondentes avaliaram que, de alguma forma, tinham ultrapassado ou desrespeitado os limites do papel de psic?logo. A maior parte dos sujeitos (92,63%) continua buscando por qualifica??o e est? inserida em meios acad?micos. Por?m, a intersec??o das TICs e a pr?tica cl?nica nunca foi discutida em nenhuma etapa da forma??o para a maioria destes profissionais (70,45%), nem estes buscaram supervis?o espec?fica para esta tem?tica (81,03%). N?o foi constatada diferen?a significativa nas posturas dos profissionais em rela??o a sua linha te?rica de base, sua idade ou g?nero. Por?m, foram constatadas correla??es significativas entre os dom?nios do EPT e a percep??o dos desdobramentos da descoberta de informa??es dos pacientes via Internet. Discuss?o: As posturas dos profissionais nos meios virtuais levantadas sugerem ambival?ncia por parte dos psic?logos. A presen?a das TICs cresce no Brasil e no mundo e suas reverbera??es na vida pessoal e profissional da popula??o n?o podem ser ignoradas (Abreu, Eisenstein, & Estefenon, 2013; IBGE, 2016; Lisboa, Verzoni & Fulginiti, 2017). As percep??es observadas sugerem ambiguidade entre os psic?logos entrevistados. Ao mesmo tempo em que a maioria dos profissionais entrevistados lan?a m?o das TICs em sua pr?tica profissional, n?o h? clareza acerca dos limites ?ticos da profiss?o nem das diretrizes vigentes. As associa??es constatadas entre os escores dos dom?nios do Estilo Pessoal do Terapeuta (EPT), as percep??es e as posturas adotadas pelos profissionais nos meios virtuais abrem caminho para o delineamento de treinamentos e reflex?es aprofundadas sobre o assunto. Al?m disso, segundo revis?o sistem?tica realizada, a maioria dos artigos publicados sobre a tem?tica das TICs e a Psicologia parece apenas abordar a efic?cia e a efetividade de tratamentos psicol?gicos via web (Hallberg et al., 2015), denotando-se, assim, uma car?ncia de estudos que problematizem e discutam as influ?ncias das ferramentas virtuais no setting psicoterap?utico tradicional.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Psicologia}, note = {Escola de Ci?ncias da Sa?de} }