@PHDTHESIS{ 2017:643934287, title = {Modulação da memória de reconhecimento social pelos sistemas noradrenérgico e dopaminérgico em diferentes estruturas cerebrais : o metilfenidato e o aprendizado dependente de estado}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7792", abstract = "A memória de reconhecimento social (MRS) é crucial à reprodução, formação de grupos sociais e sobrevivência das espécies. Sabe-se que a ocitocina, a vasopressina, os hormônios sexuais e o bulbo olfatório têm um forte envolvimento na formação da MRS. Apesar de sua relevância, a participação de neurotransmissores, como dopamina (DA), noradrenalina (NA) e histamina (HIS), bem como das estruturas amígdala basolateral (BLA) e região CA1 do hipocampo (CA1) – já amplamente conhecidos pela sua importância na consolidação e manutenção de outros tipos de memórias – permanece desconhecido quanto à MRS. Sendo assim, a primeira parte deste trabalho buscou avaliar a participação dos receptores D1/D5 dopaminérgicos, ß-adrenérgicos e H2 histaminérgicos na BLA e CA1 sobre a consolidação da MRS. Para isso, ratos Wistar machos adultos (3 meses) foram submetidos a tarefa de discriminação social (TDS), que baseia-se na tendência natural dos roedores de explorar a novidade. O animal adulto foi exposto a um juvenil (21 dias) coespecífico por 1 hora (sessão de treino) e 24 horas depois ao juvenil previamente encontrado (familiar) e a um novo juvenil durante 5 minutos (sessão de teste), quando o tempo de exploração foi medido. As intervenções farmacológicas ocorreram imediatamente após a sessão de treino. Verificou-se que os receptores H2 histaminérgicos são necessários para a consolidação da memória tanto em CA1 quanto na BLA. Contudo a ativação dos receptores D1/D5 dopaminérgicos e ß-adrenérgicos interfere de forma oposta nas duas estruturas cerebrais: os receptores D1/D5 são necessários em CA1, mas não na BLA para a consolidação da MRS, enquanto a ativação dos receptores ßadrenérgicos é indispensável na BLA, porém não em CA1. O metilfenidato (MPH) é um fármaco amplamente utilizado no tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Exerce seu efeito terapêutico pelo aumento nos níveis de DA e NA em estruturas cerebrais envolvidas nos processos de aprendizagem, como córtex préfrontal (CPF) e hipocampo. Uma vez que a DA e a NA tem ações opostas na MRS, decidimos avaliar o efeito do MPH sobre a formação e a evocação da MRS, já que esta droga atua sobre os níveis de ambos os neurotransmissores e tem sido utilizada como doping acadêmico por indivíduos saudáveis. Utilizando a TDS, com as intervenções farmacológicas em diferentes momentos, verificamos que: 1) o MPH, administrado de forma sistêmica aguda previamente à aquisição da informação, bloqueou a MRS; 2) O bloqueio foi revertido quando os animais receberam MPH no momento da aquisição e da evocação, caracterizando o fenômeno conhecido como dependência de estado (DE); 3) A DE é associada ao CPF, mas não a CA1; 4) A DE não depende de CA1, pois o aumento de NA em CA1 prejudica a evocação da MRS. Além disso, verificamos que o tratamento crônico de 21 dias com MPH causa uma maior persistência da MRS, quando realizada uma sessão de treino mais fraca. Considerando os resultados obtidos, este trabalho demonstra que o hipocampo, a amígdala basolateral e o córtex pré-frontal, modulados pelos sistemas dopaminérgico e noradrenérgico, regulam o processamento da MRS.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde}, note = {Escola de Medicina} }