@MASTERSTHESIS{ 2012:338487299, title = {O impacto dos eventos de vida estressantes em adolescentes com transtorno bipolar}, year = {2012}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/784", abstract = "O transtorno bipolar com início na infância e adolescência (TBIA) prejudica o crescimento emocional e o desenvolvimento desses indivíduos de forma considerável. Eventos de vida estressantes (EVE) têm sido associados ao desencadeamento de psicopatologias, piorando seu prognóstico e agravando ainda mais o intercurso da doença. Embora o tema tenha relevância científica, na literatura ainda são escassos os estudos sobre TBIA e eventos de vida. Os EVE ocorridos durante a infância e adolescência podem ser classificados como uma exposição a uma única ou a diferentes situações que causam estresse no organismo e que excedem a capacidade da criança ou adolescente de compreender e lidar com este evento. Há aproximadamente 40 anos, as pesquisas sobre eventos de vida, vêm focando seu interesse nas questões etiológicas de morbidades psiquiátricas em geral, através do entendimento das interações genéticas e ambientais. Ao verificar os estudos dessas décadas de produção científica percebe-se uma lacuna quanto aos instrumentos e medidas de avaliação desses eventos. Os estudos demonstram uma associação positiva entre a presença de um ambiente tóxico e a vulnerabilidade neuropsicofisiológica. O início desse trabalho teve por objetivo traduzir e adaptar para a língua portuguesa um instrumento denominado Stressful Life Events Schedule (SLES) que investiga os EVE ocorridos em adolescentes nos últimos 12 meses, a fim de implementar e embasar com maior robustez os estudos desta temática. O instrumento mostrou-se uma ferramenta útil, de modo geral, e os itens obtiveram boa equivalência entre as versões. A apreciação da equivalência conceitual e de itens propiciou ajustes lingüísticos e adaptações terminológicas de alguns termos. Futuros estudos são necessários para avaliar as demais 7 propriedades psicométricas do SLES na nossa cultura. O segundo artigo empírico indica a associação entre a sintomatologia de humor e o funcionamento global aos EVE ocorridos no último ano em 23 adolescentes bipolares e 20 controles sem psicopatologia. Para avaliação dos eventos de vida utilizou-se o SLES-Adolescentes (SLES-A) sendo uma entrevista face a face, que é acompanhada por uma escala contendo 79 EVE. Para verificar a intensidade do impacto desses EVE, cada item acompanhava uma escala de quatro pontos (nem um pouco, um pouco, bastante e muito). Os resultados apontaram uma alta correlação entre o número de EVE, os prejuízos funcionais e a sintomatologia do humor do transtorno bipolar. Quanto mais EVE relatados, maior número de sintomas depressivos e maníacos e pior funcionamento global do indivíduo com TB. Os EVE dependentes nesses jovens bipolares (M= 6.82;DP=4.19) apresentaram-se três vezes maiores do que na amostra controle (M=2.25;DP=2.53) (p=0.000). Os EVE de alto impacto ocorreram numa proporção de quatro vezes mais nos adolescentes com TB (M=8.78;DP=7,32) do que nos controles (M=2.20;DP=4.00) (p=0.000). Por fim, não se trata de pensar em uma relação de causalidade, mas sim na relação entre o funcionamento psicossocial adverso associado ao curso da doença. Esta dissertação tem como finalidade a contribuição para um reconhecimento dos fatores de vulnerabilidade psicossocial associados ao TB na adolescência.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Faculdade de Psicologia} }