@MASTERSTHESIS{ 2017:1772890745, title = {Influ?ncia do bico na estrutura do canto em papa-capins neotropicais (Thraupidae: sporophila)}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7721", abstract = "A principal forma de comunica??o das aves ? por meio de sinais ac?sticos, ? atrav?s deles que elas atraem parceiros, defendem territ?rios e se reconhecem. Com isso, o canto ? extremamente importante no processo de especia??o, em particular nas aves Oscines, um grupo que tem amplos tipos de canto, singulares a cada esp?cie. Sabe-se que o trato vocal atua como modulador na estrutura do som; caracter?sticas do bico podem atuar como fatores limitantes influenciando a taxa de notas, largura de banda e frequ?ncias, no qual bicos maiores produzem sons com menor taxa de notas e com frequ?ncias mais restritas. O nosso trabalho teve dois objetivos relacionados a um grupo de aves Oscines (Sporophila), o primeiro (cap?tulo I) foi analisar a evolu??o do volume do bico e da estrutura do canto para verificar a exist?ncia de limita??es e coevolu??o entre os mesmos. No segundo (cap?tulo II) testamos a rela??o entre volume do bico e a capacidade de mordida com a estrutura do canto de tr?s esp?cies simp?tricas de Sporophila spp., al?m de verificar como estas aves organizam seus cantos para evitar a sobreposi??o deles no ambiente. No cap?tulo I analisamos cantos territoriais representando 11 esp?cies de Sporophila. Encontramos que a largura de banda e m?xima frequ?ncia tiveram rela??o negativa com o volume do bico; al?m disso, a frequ?ncia m?nima apresentou uma tend?ncia para o mesmo padr?o. O volume do bico, taxa de notas e frequ?ncia m?nima demonstraram ter sinal filogen?tico, sugerindo que esp?cies proximamente relacionadas apresentem essas vari?veis mais similares. Nossos resultados mostram que o volume do bico atua como limitador na estrutura do canto al?m de indicar que esse fator pode coevoluir com o canto destas aves, corroborando a literatura. Entretanto, a frequ?ncia dominante, taxa de notas e dura??o do canto n?o apresentaram limita??o pelo volume do bico, o que sugere que ainda existem muitas informa??es sobre o tema para serem descobertas. Assim ? interessante que se teste a influ?ncia filogen?tica, al?m dos caracteres morfol?gicos sobre as caracter?sticas do canto em aves Oscines. No segundo cap?tulo n?s selecionamos S. beltoni, S. caerulescens e S. hypoxantha como modelos de esp?cie grande, m?dia e pequena respectivamente. Estes tr?s t?xons costumam coexistir e se reproduzir nas mesmas ?reas no sul do Brasil e foram amostrados concomitantemente no nordeste do Rio Grande do Sul. Machos adultos foram observados e gravados e ap?s foram capturados, tiveram seus bicos medidos e passaram pelo teste de press?o de mordida em campo. N?s encontramos que S. beltoni e S. hypoxantha s?o as esp?cies que mais divergem em par?metros ac?sticos, sendo que a primeira apresenta bico mais volumoso dentre as tr?s esp?cies. A maior rela??o entre for?a/tamanho do bico e o canto foi observada em Sporophila caerulescens na qual a largura de banda e frequ?ncia m?xima/m?nima do canto apresentaram rela??o positiva com a for?a e o tamanho do bico, evidenciando que este car?ter n?o limita o som deste t?xon ao contr?rio do que outros estudos t?m mostrado. Referente ? ocupa??o do espa?o ac?stico, as maiores diferen?as encontradas foram relacionadas ?s vari?veis de tempo do canto e taxa de notas. Cogita-se que estes podem ser alguns dos fatores usados para evitar a sobreposi??o dos cantos na natureza. Em termos gerais nosso estudo mostra que a limita??o do canto por caracteres do bico n?o ? uma regra geral em Oscines embora exista uma rela??o negativa entre varia??es no canto e tamanho do bico quando mais esp?cies s?ao adicionadas ao modelo. Com esses resultados n?s acreditamos que ? interessante seguir pesquisando sobre os fatores ?limitadores do canto? j? que n?o existe um padr?o generalizado para aves canoras. ? importante conhecer como as mudan?as na morfologia de todo o trato vocal podem alterar a estrutura do som das aves e como caracteres morfol?gicos e ac?sticos evolu?ram atrav?s da sua hist?ria filogen?tica, j? que este entendimento ? essencial para melhor compreender o processo de especia??o destes grupos.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Zoologia}, note = {Faculdade de Bioci?ncias} }