@PHDTHESIS{ 2017:1018825008, title = {O efeito de priming sintático na leitura de sentenças na voz passiva por bons e maus leitores dos 5º e 6º anos do ensino fundamental}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7579", abstract = "O objetivo desta tese foi investigar o chamado efeito de priming, ou de facilitação, a partir da repetição de estruturas sintáticas em crianças do ensino fundamental. A leitura é um processo complexo que exige o uso de diversas habilidades, as quais dependem de processos chamados de cognitivos inferiores nos primeiros anos do Ensino Fundamental, como a decodificação. Com o desenvolvimento e automaticidade destes processos, disponibilizam-se recursos para os chamados processos cognitivos superiores, como o processamento sintático, inferenciação e compreensão (CAIN; OAKHILL, 2006). O efeito de priming consiste na facilitação do processamento de objetos, palavras ou sentenças após exposição prévia de um outro item relacionado, ou seja, a exposição a um prime (SQUIRE & KANDEL, 2003). Segundo Pickering e Branigan (1998), o efeito de priming sintático aumenta quando não somente a estrutura sintática entre sentenças é repetida, mas também quando utilizamos o mesmo verbo na sentença prime e alvo. Tomando-se como base a pesquisa realizada por Segaert et al. (2012, 2013), utilizou-se a tarefa de Kuerten et al. (2016) a qual foi aplicada a crianças entre 10 e 12 anos regularmente matriculadas em escolas públicas vinculadas ao Projeto ACERTA (Avaliação de Crianças Em Risco de Transtorno de Aprendizagem), do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul. O presente estudo investigou: a) a fluência média de leitura dos estudantes dos 5o e 6o anos do ensino fundamental das escolas estaduais selecionadas para este estudo; b) se a exposição prévia da estrutura sintática favorece a compreensão leitora das sentenças, promovendo o efeito de priming sintático e c) a compreensão leitora das sentenças nesses leitores. Para tanto, o desempenho na leitura de 126 crianças dos 5o e 6o anos do Ensino Fundamental, divididos entre bons e maus leitores, foram comparados. Os resultados apontam que crianças do 6 o ano leem mais palavras por minutos que as do 5o ano, mas que a fluência de leitura está abaixo do mínimo esperado para ambos os anos. Tanto os bons leitores quanto os maus leitores apresentaram efeito de priming sintático na compreensão das sentenças na voz passiva, confirmando que a voz passiva é uma estrutura complexa para crianças de 10 a 12 anos e que a exposição prévia facilita o processamento da estrutura apresentada. No entanto, bons leitores do 6o ano apresentaram um efeito menor, indicando que, ao passo que a linguagem vai se desenvolvendo na criança, o efeito de priming sintático para sentenças na voz passiva fica mais difícil de ser encontrado. Além de contribuir para a pesquisa relacionada à leitura e ao processamento sintático, essa tese alerta para problemas no desenvolvimento da leitura nos anos letivos que sucedem a fase da alfabetização.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Escola de Humanidades} }