@MASTERSTHESIS{ 2017:1124343833, title = {Tributa??o, desigualdade excessiva e sustentabilidade pluridimensional}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7513", abstract = "O mundo passa por graves desequil?brios sociais e ambientais, cujos efeitos perversos se fazem sentir nas mais variadas searas da vida cotidiana. Tais desequil?brios, embora existam desde longa data, atingiram n?veis alarmantes nos ?ltimos anos. Esse cen?rio, apesar de sombrio, ainda ? pass?vel de revers?o, sendo necess?rio, contudo, redefinir as rela??es dos seres humanos entre si e com os ambientes natural e antr?pico. Nesse diapas?o, mostra-se necess?rio redefinir o conceito de sustentabilidade consagrado pelo relat?rio Brundlant, substituindo-o por uma concep??o pluridimensional, mais adequada aos novos tempos e desafios e que contemple o desenvolvimento economicamente eficiente e equilibrado, ambientalmente limpo, socialmente inclusivo, politicamente democr?tico e eticamente comprometido com as presentes e futuras gera??es. Contudo, a constru??o dessa sustentabilidade pluridimensional enfrenta v?rios obst?culos, dentre os quais se destaca a desigualdade excessiva, pois a economia de mercado, apesar de se constituir em poderoso instrumento gerador de riquezas, tamb?m tem, ao mesmo tempo, propiciado que estas sejam acumuladas nas m?os de poucos. A desigualdade excessiva, ap?s recuo nos trinta anos que se seguiram ? segunda guerra mundial (ao menos nos pa?ses da Europa ocidental) vem aumentando nos ?ltimos quarenta anos, inclusive em pa?ses ricos, em raz?o, sobretudo, da implanta??o de pol?ticas econ?micas defensoras do Estado m?nimo, desregulamenta??o da economia, diminui??o da carga tribut?ria sobre o patrim?nio e a renda e a prolifera??o de para?sos fiscais. Tal desigualdade constitui-se em s?ria amea?a ao equil?brio ambiental, ? efici?ncia econ?mica, ? coes?o social e ? democracia. Nesse contexto, a desonera??o tribut?ria do patrim?nio e da renda, aliada ? sonega??o fiscal, tornaram ainda mais aguda a chamada regressividade tribut?ria. No Brasil, a desigualdade excessiva possui uma ?ntima liga??o com a regressividade tribut?ria (resultante de op??o hist?rica por uma matriz tribut?ria centrada sobre o consumo, al?m de cultural e contumaz sonega??o e inadimpl?ncia fiscais) e se constitui em poderosa barreira para a constru??o da sustentabilidade pluridimensional que, embora se trate de princ?pio-vinculante e valor supremo do ordenamento jur?dico brasileiro desde advento da Constitui??o Federal de 1988, n?o logrou efetividade at? os dias atuais. Em nosso Estado Democr?tico de Direito, a tributa??o exerce importante fun??o n?o somente como fonte de custeio das pol?ticas p?blicas e da m?quina estatal, mas tamb?m como indutor de condutas para a regula??o da economia de mercado e a realiza??o de direitos fundamentais. Entretanto, paradoxalmente, logo ap?s a entrada em vigor da Constitui??o Federal em 1988, houve significativa desonera??o tribut?ria aos detentores do capital, desprezando-se o princ?pio da capacidade contributiva e o dever fundamental de pagar impostos. Esse quadro perverso e iniquo, no entanto, pode e deve ser urgentemente revertido, fazendo-se uso dos instrumentos tribut?rios e fiscais j? existentes em nosso ordenamento jur?dico, os quais, sem agress?o ao Estado de Direito, tem a capacidade de contribuir significativamente para eliminar a desigualdade excessiva e construir a necess?ria sustentabilidade pluridimensional no Brasil.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Direito}, note = {Escola de Direito} }