@PHDTHESIS{ 2017:1290119977, title = {Estresse pós-traumático e tratamento com cetamina em ratos Wistar : análise comportamental, histofisiológica, bioquímica e neurometabólica}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7326", abstract = "O transtorno do estresse pós-traumático (Post-Traumatic Stress Disorder - PTSD) é uma doença neuropsiquiátrica relacionada à exposição a um acontecimento traumático. O PTSD é caracterizado clinicamente por uma série de sintomas debilitantes incluindo a revivência frequente do evento traumático, fuga de estímulos associados ao trauma, hipervigilância, mudanças de cognição e humor entre outros. Nem todos os indivíduos expostos a graves experiências traumáticas desenvolvem PTSD, esta psicopatologia afeta uma subpopulação de indivíduos vulneráveis cuja exposição a uma experiência estressante excede sua capacidade de adaptação. Neste sentido, foi argumentado que o PTSD pode, pelo menos em parte, ser um distúrbio relacionado ao medo. Assim, as regiões encefálicas mais amplamente estudadas nesta psicopatologia são o córtex pré-frontal, o hipocampo e a amígdala, pois são regiões relacionadas com os processos de armazenamento e consolidação de novas memórias incluindo memórias emocionais, tais como de medo e raiva. Devido à complexa apresentação clínica do PTSD e a sua sintomatologia muito variável esta ainda é uma doença classificada como de difícil tratamento. A cetamina é um fármaco antagonista de receptores NMDA que tem demonstrado promissores efeitos no tratamento da depressão, entretanto, por ser uma droga que produz efeitos dissociativos e psicóticos, existe a preocupação de que esta droga possa estar relacionada com o aumento dos sintomas do PTSD. Um dos modelos animais mais amplamente utilizados para mimetizar as alterações comportamentais e neuroquímicas do PTSD é o choque inescapável único. Na primeira parte do trabalho observamos importantes alterações comportamentais e histológicas provocadas pela exposição ao choque nas patas. Os animais com PTSD apresentaram um maior comportamento de “freezing” quando reexpostos ao mesmo contexto aversivo, bem como maior produção de bolos fecais. Além disso, importantes alterações foram observadas nos strócitos da região CA1 do hipocampo destes animais como: diminuição na densidade, arborização e quantidade de processos primários. Ademais, a polaridade astrocitária também foi alterada em relação aos animais controle. Na segunda parte do trabalho analisamos os efeitos da cetamina sobre este modelo animal. Como nem todos os animais apresentam a mesma resposta durante a reexposição ao contexto aversivo, ou seja, os animais apresentam diferenças individuais na sua susceptibilidade ao estresse traumático, nós decidimos separar os animais com PTSD em dois grupos: aqueles que apresentaram uma resposta comportamental exagerada (Extreme Behavioral Response - EBR) e aqueles que apresentaram uma resposta comportamental mínima (Minimal Bahavioral Response - MBR). Além disso, o metabolismo da glicose e os níveis de BDNF no córtex frontal, hipocampo e amígdala foram analisados oito e nove dias após a indução do PTSD, respectivamente. Os níveis de BDNF foram analisamos através ensaios bioquímicos e o metabolismo da glicose foi analisado por meio do 18FFDG- microPET que avalia o consumo da glicose nos tecidos. Observamos que os animais com PTSD classificados como EBR apresentaram um aumento no comportamento de freezing e que o tratamento com cetamina piorou a resposta comportamental, ou seja, a cetamina agravou os sintomas do PTSD. Entretanto, nenhuma alteração foi observada nos níveis de BDNF e no metabolismo da glicose. Estes resultados demonstram que o choque nas patas, como modelos de PTSD em animais, induz importantes alterações comportamentais e astrocitárias. Observamos também que a cetamina piora os sintomas do PTSD e que, tal qual observado em humanos, nem todos os indivíduos expostos a um estresse traumático desenvolvem os sintomas. Contudo, este modelo experimental de PTSD parece não estar relacionado com alterações de longo-prazo nos níveis de BDNF e metabolismo da glicose.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular}, note = {Faculdade de Biociências} }