@MASTERSTHESIS{ 2017:1262084311, title = {Relações comunitárias e aspectos psicossociais da imigração haitiana no Rio Grande do Sul}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7273", abstract = "A presente dissertação objetivou explorar o fenômeno da imigração haitiana do Rio Grande do Sul, quanto às orientações aculturativas, e como estas poderiam se relacionar com fatores sociodemográficos, de preconceito e qualidade de vida. Para tanto, foram realizados dois estudos empíricos de delineamento quantitativo transversal. O modelo teórico utilizado foi o Modelo Interativo de Aculturação, que aborda a temática tanto pela perspectiva dos imigrantes, neste caso os imigrantes haitianos, como também aborda o ponto de vista da população de acolhida que, nesta pesquisa, foi realizada em uma cidade no interior do estado do Rio Grande do Sul, onde reside o maior número de imigrantes em proporção à população local. O primeiro estudo, intitulado: “Imigração haitiana: aspectos psicossociais e orientações aculturativas”, contou com a participação de 67 imigrantes haitianos que imigraram entre os anos de 2010 e 2016. Os resultados demonstraram que este grupo de imigrantes é predominantemente composto por homens, com alta escolaridade e que falam o idioma português. A orientação aculturativa mais frequente é a de integração, a qual é mais presente entre homens; entre quem acessou o sistema de assistência social; entre os mais jovens; os com maior fluência em outros idiomas e os que chegaram há mais tempo no Brasil. Além disso, o preconceito percebido e a qualidade de vida foram melhores em comparação a estudos com a mesma população em outros países. O segundo estudo, intitulado “Orientações aculturativas e preconceito étnico-racial para com imigrantes haitianos no Brasil”, de maneira semelhante, explorou as mesmas questões – orientações aculturativas, preconceito e qualidade de vida – em uma comunidade brasileira de acolhida. Os resultados, demonstraram que esta comunidade também adota, em sua maioria, orientações aculturativas de integração para com os imigrantes. Foram, também, identificados os fatores preditivos para as orientações aculturativas abordadas. Percebeu-se que orientações apontadas como mais benéficas ao processo migratório, como integração, individualismo e transformação têm como fatores preditivos uma pontuação menor quanto ao racismo e maior quanto à qualidade de vida. Por outro lado, observou-se que as orientações aculturativas que são menos acolhedoras para com imigrantes – no caso assimilação, exclusão e segregação – têm como fatores associados um maior preconceito racial e uma menor qualidade de vida percebida. Também se identificou que o preconceito racial, em sua dimensão de negação do preconceito, é maior entre os homens, os quais também se apresentam mais propensos a adotar a orientação aculturativa de segregação. Os apontamentos dos dois estudos revelam que ambas as comunidades compartilham do predomínio da orientação aculturativa de integração. Ao adotarem consensualmente esta orientação, espera-se uma relação potencialmente mais harmoniosa entre os dois coletivos. O desenvolvimento da integração favorece atitudes de diversidade, equidade e a diminuição de preconceito e de conflitos. Por fim, os achados desta pesquisa oferecem um panorama, ainda que circunscrito e delimitado desta realidade, mas que pode servir de suporte para pensar políticas públicas e intervenções que visam tanto conscientizar a população brasileira no que tange a este tema tão emergente, quanto apresentar possibilidades de acolhimento e fomentação de direitos humanos para os grupos de imigrantes e refugiados que estão no Brasil.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Escola de Humanidades} }