@PHDTHESIS{ 2016:476649030, title = {Dispositivos de poder e de saber e a formação ética do fisioterapeuta}, year = {2016}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7020", abstract = "O texto, Dispositivos de poder e de saber e a formação ética do fisioterapeuta, apresentado como tese doutoral ao PPGEDU da PUC-RS, se propôs a investigar as relações entre os dispositivos de poder e de saber, que configuram a formação em Fisioterapia, e o conjunto de técnicas exercidas por esse profissional. Essas relações podem produzir efeitos que incidem sobre o agir ético do fisioterapeuta, a partir dos processos de subjetivação, que emergem daquilo que se experimenta no trato com o paciente. Tais processos, implicam a presença desse outro sujeito (o paciente) e passam pela prática do cuidado de si. O percurso teórico foi fundamentado na teoria de Michel Foucault, considerando também as contribuições de Deleuze e Agamben e, ainda, de outros autores. Tendo como horizonte a formação superior em Fisioterapia, o presente trabalho busca elucidar a seguinte questão: Existem meios possíveis para que os sujeitos, “estudantes de Fisioterapia”, “escapem” das amarras dos saberes e dos poderes que impregnam e sustentam as instituições educacionais, e que balizam todo o seu processo de formação? Para tanto, esta tese mostra que os dispositivos de poder e de saber, que configuram e medeiam todo o processo de formação do fisioterapeuta, se materializam nas técnicas fisioterápicas que, quando aplicadas sobre o corpo do paciente, subjetivam o profissional envolvido na terapia, mobilizando elementos que são da ordem da ética. A fim de responder adequadamente à questão apontada, o texto se organiza em torno de quatro grandes conceitos, que são explorados articuladamente entre si: dispositivos (de saber e de poder), técnica (fisioterapêutica), modos de subjetivação, e ética. Estes são elucidados considerando o cenário da formação superior do fisioterapeuta. No primeiro capítulo, mostra-se que a filosofia do dispositivo de Foucault não situa o sujeito como seu refém. Ao contrário, evidencia-se que a grande “besta” do poder, assim como o saber, não consegue realizar, pré-moldar ou capturar em definitivo o sujeito, pois este se constitui em meio às incapturáveis linhas de fuga, presentes nos próprios dispositivos. No segundo capítulo, a Fisioterapia é apresentada em sua dimensão histórica e as técnicas desenvolvidas pelo profissional são exibidas como possibilidade de subjetivação, assim como os dispositivos que as constituem. O terceiro capítulo trata de mostrar a lógica dos dispositivos que constroem e medeiam a relação do sujeito consigo mesmo. Esta é uma relação que se dá no âmbito da ética, o que nos ajuda a refletir sobre o papel do ensino da Fisioterapia em formar, além de profissionais, seres humanos. Esta tese, se situa no cenário da Educação. Desse modo, suas contribuições igualmente podem servir para refletir a formação de outros profissionais.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Escola de Humanidades} }