@MASTERSTHESIS{ 2016:1077303063, title = {Reinternações psiquiátricas : análise das características sociodemográficas, clínicas e do uso da rede de atenção psicossocial de usuários com transtornos mentais}, year = {2016}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/6623", abstract = "O presente trabalho teve como objetivo analisar as reinternações psiquiátricas em relação aos dados sociodemográficos, clínicos e de utilização da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de pessoas com transtornos mentais. Realizaram-se dois estudos, o primeiro trata-se de uma revisão crítica da literatura que utilizou como método uma revisão sistemática de estudos publicados nos últimos cinco anos, que tiveram como assunto principal “reinternação psiquiátrica”. Buscou-se conhecer os critérios utilizados para definir o que são reinternações psiquiátricas frequentes e analisar os fatores associados a elas. A partir da busca nas bases de dados Pubmed, BVS, PsycInfo foram selecionados 26 artigos. A análise da literatura mostra a existência de diferentes critérios de reinternação frequente e com isso diferentes prevalências são descritas. As associações entre essas reinternações com variáveis sociodemográficas, clínicas e dados da rede de atenção, mostrou resultados por vezes contraditórios, o que pode estar associado às diferenças metodológicas dos estudos. O segundo estudo trata-se de estudo empírico com delineamento transversal e contou com uma amostra de 96 participantes internados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em um hospital geral de Porto Alegre. O objetivo deste estudo foi investigar as características sociodemográficas, clínicas e de acompanhamento em serviços de saúde associadas às internações e reinternações psiquiátricas. As variáveis dependentes deste estudo foram as primeiras internações e as reinternações frequentes. Em relação à amostra geral, mais da metade da amostra (53,1%) era do sexo feminino, 51% eram solteiros e a idade média foi de 44,3 anos. Dos dados clínicos, 37,5% (n=36) dos usuários estavam em sua primeira internação e 36% (n=35) fecharam critério para reinternação frequente. Os usuários com reinternações frequentes referiam significativamente um menor número de pessoas com as quais consideravam que poderiam contar e viviam com um número significativamente menor de pessoas que o restante da amostra. Já os usuários de primeira internação possuíam com menor frequência vínculo com serviço de saúde extra hospitalares, utilizando o hospital como porta de entrada para o cuidado em saúde mental. Ressaltamos a importância dos achados sobre acompanhamento na RAPS, pois 34,4% da amostra não realizava acompanhamento antes da internação e somente 4,1% fazia uso de serviços de reabilitação psicossocial. Essas internações talvez pudessem ter sido evitadas se os usuários possuíssem vínculo com serviços, especialmente com a atenção básica, que poderia detectar necessidades de cuidados em saúde mental e oferecer atenção antes de ser necessária indicação de uma internação. Sendo assim, o hospital tem papel fundamental e estratégico enquanto articulador da rede para realizar a ponte com os serviços da RAPS, mesmo que isso não garanta o acesso aos serviços. Cabe destacar que pessoas que possuem menor número de pessoas com quem contar, com isto menor apoio social, tem maior probabilidade de ter mais reinternações psiquiátricas. Embora os resultados encontrados nos estudos indiquem algumas pistas sobre os fatores associados com as reinternações frequentes, destaca-se a importância de estabelecer um consenso sobre o critério de reinternação frequente, bem como desenvolver mais estudos sobre a temática, tanto a nível nacional como internacional, a fim de ampliar a compreensão sobre este fenômeno.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Faculdade de Psicologia} }