@PHDTHESIS{ 2015:39123903, title = {Ironia e ceticismo : a desconstru??o como o riso da filosofia}, year = {2015}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/6456", abstract = "Este trabalho defende a tese de que a metaf?sica em seu sentido cl?ssico, ap?s as cr?ticas da desconstru??o, perdeu totalmente sua relev?ncia filos?fica. O principal conceito deste estudo ? o de ?desconstru??o?, desenvolvido pela primeira como ?Destruktion? por Heidegger no par?grafo V de seu Ser e tempo e depois popularizado nos escritos de Derrida sobre linguagem e metaf?sica. N?o se trata, absolutamente, de um conceito acima de controv?rsias: paira, hesitante, entre o desejo de renova??o do pensamento metaf?sico e certa concep??o profundamente discut?vel de relativismo cultural. Para os autores com os quais trabalhamos ? principalmente, Benjamin, Derrida e Rorty ? toda a metaf?sica, e n?o esse ou aquele t?pico espec?fico no interior dela, tornou-se uma atividade profundamente problem?tica e que, por isso, precisa ser reexaminada e desconstru?da. Assim eles pretenderam adentrar e transcender por completo o projeto fundamental da tradi??o metaf?sica e com isso buscaram uma forma de interpret?-la numa moldura e num registro inteiramente novo, o que significou, no final das contas, forjar um estilo de escrita te?rica inteiramente original. O que defendemos nessa tese ? que h? uma tens?o dial?tica que liga essa filosofia marginal e suas quest?es com a Grande Tradi??o, no sentido em que uma s? existe pela presen?a velada da outra e de que a for?a criativa da filosofia marginal ? a fonte perene da renova??o da filosofia oficial. ? por isso que Derrida ir? falar o tempo todo de um pensamento das margens, que Benjamin ir? falar de uma filosofia do limiar e Rorty ir? propor toda uma literaliza??o do trabalho filos?fico. Todo esse trabalho de reexame dos fundamentos da metaf?sica fez com que o equil?brio do pensamento ontol?gico pendesse perigosamente em dire??o a um discurso c?tico e ir?nico que amea?ava desalojar muitas das quest?es centrais da tradi??o. Esse trabalho que pela primeira vez veio a interrogar sobre as credenciais do pensamento ontol?gico, uma vez que certa ambiguidade fundamental conduzia sua pr?pria condi??o. Sendo assim, a fun??o da cr?tica ? metaf?sica realizada pela desconstru??o foi a de resistir a certa domina??o sem?ntica, engajando-se atrav?s tanto do discurso quando da pr?tica numa atividade menor e marginal. Esse jogo de gato e rato da desconstru??o com a metaf?sica era o embate entre uma tradi??o oficial que pretendia ser a totalidade das quest?es ontol?gicas relevantes e certos fil?sofos marginais que ironizam essas quest?es por consider?-las uma fantasia do c?rebro metaf?sico compulsivamente totalizante. A desconstru??o ? ousada na medida em que desafia um pensamento que ainda precisa de valores absolutos, fundamentos metaf?sicos e sujeitos transcendentais. Contra isso ela mobilizou a transgress?o, a multiplicidade, a ironia, o ceticismo e o riso.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Filosofia}, note = {Faculdade de Filosofia e Ci?ncias Humanas} }