@PHDTHESIS{ 2014:784482423, title = {Estudo de rastreamento e diagn?stico da depress?o nos idosos cadastrados na estrat?gia sa?de da fam?lia de Porto Alegre, RS, Brasil}, year = {2014}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/6412", abstract = "O envelhecimento populacional ocorre de sobremaneira nos pa?ses em desenvolvimento. Tal fato modifica o perfil de sa?de e doen?a na popula??o, prevalecendo as doen?as cr?nico-degenerativas sobre as agudas e infecciosas. Dentre as doen?as de caracter?sticas cr?nicas destaca-se a depress?o geri?trica, altamente prevalente no mundo. O impacto das repercuss?es do aumento da depress?o ainda ? dif?cil de mensurar, embora proje??es da Organiza??o Mundial da Sa?de (OMS) para 2030 a coloquem como a principal patologia a contribuir para a carga global de doen?as no mundo. O alerta da OMS ainda destaca que o impacto ser? mais intenso em pa?ses de baixa e m?dia renda, o que est? relacionado ao subdiagn?stico e subtratamento ao n?vel da aten??o b?sica (AB). Al?m disso, outros fatores contribuem para a complexidade da depress?o na faixa idosa dentre os quais destaca-se a comorbidade com transtornos de ansiedade contribuindo para a severidade do quadro psiqui?trico o que aponta para uma maior relev?ncia ? investiga??o de ambos transtornos. Este ? um estudo transversal com coleta prospectiva que objetivou examinar fatores relacionados ? depress?o em uma amostra aleat?ria estratificada de idosos cadastrados pelo programa Estrat?gia Sa?de da Fam?lia (ESF) do Munic?pio de Porto Alegre. Para o desenvolvimento do trabalho, os dados utilizados s?o provenientes de duas etapas de coleta: 1) etapa de rastreamento: com coleta de dados sociodemogr?ficos, multidimensionais de sa?de e de Sintomas Depressivos Clinicamente Significativos (SDCS) com a Escala de Depress?o Geri?trica de 15 itens (EDG-15) em visita domiciliar por Agentes Comunit?rios de Sa?de (ACS); e 2) entrevista especializada com a avalia??o diagn?stica de transtornos psiqui?tricos, utilizando-se a vers?o brasileira validada do Mini International Neuropsychiatric Interview 5.0.0 plus (M.I.N.I. 5.0.0 plus BR) ? admitindo-se os crit?rios da 4? edi??o revisada do Manual Diagn?stico e Estat?stico de Transtornos Mentais (DSM-IV) como padr?o ouro. O presente trabalho objetivou: examinar a preval?ncia SDCS e suas caracter?sticas associadas, detectadas atrav?s da coleta realizada pelos ACS; 2) identificar associa??es entre os diagn?sticos de transtornos depressivos e de ansiedade com os medicamentos psicotr?picos em uso. Como produto deste trabalho, dois artigos cient?ficos foram produzidos; cada qual investigando um dos objetivos acima descritos. No primeiro trabalho, a amostra foi composta por 621 indiv?duos de 60 anos ou mais que completaram a etapa de coleta de rastreamento realizada pelos ACS. Os resultados mostraram que uma preval?ncia alta de depress?o (30,6%) foi estimada atrav?s da avalia??o de rastreamento realizada por profissionais sem alta especializa??o. A depress?o mostrou-se significativamente mais frequente em mulheres do que em homens (35.9% versus 20.9%; P<0.001). A partir de uma an?lise robusta pelo m?todo de Poisson foram medidas associa??es independentes atrav?s da estimativa de Raz?es de Preval?ncias (RP) da depress?o com as vari?veis: g?nero feminino (RP: 1.4, IC: 1.1-1.8); baixa escolaridade, destacando-se analfabetismo (RP:1.8, IC:1.2-2.6); autopercep??o de sa?de regular (RP: 2.2, IC: 1.6-3.0) e m?/p?ssima (RP: 4.0, IC: 2.9-5.5). Esses achados s?o compat?veis com a literatura pr?via existente. Entretanto, deve-se destacar que essa replica??o de achados neste formato ? in?dita, j? que foi realizada exclusivamente por ACS em uma situa??o pr?xima da real da Aten??o B?sica (AB). O segundo trabalho foi realizado a partir de uma amostra de 501 idosos que completaram as fases de rastreamento e de avalia??o especializada. O estudo examinou associa??es entre diagn?sticos de transtornos depressivos e de ansiedade com o uso de psicotr?picos em idosos cadastrados na ESF. As vari?veis cl?nicas foram analisadas de forma dicot?mica agrupando-se os diagn?sticos de depress?o unipolar e ansiedade com indica??es psicofarmacoterap?uticas consistentes: 1) depress?o unipolar: epis?dio depressivo maior atual, transtorno depressivo maior recorrente ou distimia; 2) ansiedade: transtorno de ansiedade generalizada, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno de estresse p?s-traum?tico, transtorno do p?nico, fobia social ou agorafobia. As medica??es psicotr?picas foram agrupadas em antidepressivos, benzodiazep?nicos, estabilizadores de humor, antipsic?ticos, anticonvulsivantes e outros medicamentos psicotr?picos. Como resultado, altas frequencias de depress?o unipolar (11,4%), de ansiedade (9,0%) e da comorbidade de depress?o e ansiedade (8,6%) foram observadas na amostra total. O g?nero feminino esteve mais associado tanto com o grupo de depress?o unipolar (26,4% versus 9,5%; P<0,001) quanto com o grupo de ansiedade (21,9% versus 10,5%, P<0,001). Os antidepressivos s?o considerados o tratamento farmacol?gico de elei??o para o grupo de patologias analisadas e foram os mais utilizados (13.2%), seguido pelos benzodiazep?nicos (6.8%) e antipsic?ticos (2.2%). Na depress?o, os idosos recebem mais frequentemente antidepressivos (40,4%) do que benzodiazepinicos (19,3%), antipsic?ticos (7,0%), estabilizadores de humor (1,8%) e outros psicotr?picos (24,6%). Entretanto, a analise controlada pelo m?todo de Poisson mostrou que o risco de receber benzodiazep?nicos, ao inv?s de antidepressivos ? consideravelmente maior na depress?o geri?trica (PR: 6,6 vs 4,2); tamb?m observou-se a tend?ncia para risco de uso de antipsic?ticos (RP: 6,8) nesses casos. Ou seja, os achados deste estudo indicam que idosos portadores de transtornos depressivos unipolares t?m maior risco de receber medicamentos psicosedativos como benzodiazep?nicos e antipsic?ticos do que antidepressivos. No grupo dos transtornos de ansiedade a frequ?ncia do uso de antidepressivos ? considerada baixa (11,1%) sendo que a risco de uso de benzodiazep?nicos nesse grupo diagn?stico ? aproximadamente 3,5 vezes maior do que o uso de antidepressivos (RP de 4.3 versus 1.2). Os achados no grupo de idosos que possuem diagn?stico com?rbido de, ao menos, um transtorno depressivo e de um transtorno de ansiedade ? ainda mais preocupante, j? que ? embora sejam casos particularmente graves e associados ? cronicidade ? a chance de usar um antidepressivo ? reduzida para quase a metade se comparada com o grupo diagnosticado com depress?o isolada (RP: 4.2 versus 2.2). Com o envelhecimento populacional e o aumento dos transtornos depressivos no mundo, cada vez mais torna-se importante a amplia??o do conhecimento acerca desta patologia em faixas de idade cada vez mais avan?adas. Embora os resultados evidenciados nestes estudos sejam preocupantes, os mesmos lan?am luz para importantes problemas de sa?de p?blica. Al?m disso, achados a partir da operacionaliza??o de equipes de sa?de locais trazem esperan?a para um modelo de implementa??o estrat?gica de a??es em sa?de mental do idoso, j? que apontam que ?profissionais leigos? podem ter um papel fundamental na detec??o precoce e na preven??o da depress?o ao n?vel da comunidade e da AB, assim como na identifica??o de indiv?duos deprimidos sem tratamento ou em uso de medica??es psicotr?picas inadequadas. Enfim, os estudos permitiram examinar problemas importantes de sa?de trazendo dados de alta preval?ncia de depress?o geri?trica, assim como indicadores de que sua terap?utica farmacol?gica adequada, muitas vezes, n?o ? alcan?ada. Assim, faz-se necess?rio a implementa??o de um modelo estrat?gico e ativo de a??o para abordagem preventiva na sa?de mental de idosos, pois utilizando ferramentas de baixo custo (escalas de rastreamento) ? poss?vel a identifica??o de casos de depress?o incidente, em fase inicial, de casos severos, bem como auxiliar na identifica??o daqueles idosos que recebem tratamento inadequado.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Gerontologia Biom?dica}, note = {Instituto de Geriatria e Gerontologia} }