@MASTERSTHESIS{ 2015:1381213987, title = {As experiências sociais das mulheres em situação de violência e as estratégias de enfrentamento}, year = {2015}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/6373", abstract = "A Secretaria Estadual de Políticas para Mulheres divulgou, em 2013, que a violência praticada contra as mulheres gaúchas, seguida de morte, tem como principal agressor os companheiros ou ex-companheiros, e, na maioria dos casos, as ações violentas acontecem durante o dia, na residência. As dificuldades das mulheres em romper com a violência esbarram em fatores importantes referentes à rota complicada em busca de apoio. O caminho percorrido pelas mulheres em situação de violência pode ser estimulado e viabilizado, dependendo das relações estabelecidas com as instituições públicas, familiares e pessoas de sua convivência. Ao contrário, poderá caracterizar a permanência nas situações violentas. Dessa forma, justifica-se a realização desta pesquisa, cujo objetivo geral consiste em identificar as experiências sociais das mulheres em situação de violência e suas estratégias de enfrentamento, na rede proteção especializada no município de Porto Alegre/RS, Centro de Referência de Atendimento à Mulher Márcia Calixto. Quanto à proposta metodológica, optou-se pela pesquisa qualitativa de abordagem não probabilística, sob a perspectiva histórico-estrutural, cujas categorias teóricas centrais são: totalidade, contradição e historicidade. Foram entrevistadas 6 (seis) mulheres assistidas pelo Centro de Referência de Atendimento à Mulher Márcia Calixto, com entrevistas semiestruturadas, gravadas e transcritas. Os dados foram submetidos à análise temática de Bardin (1977). Pretende-se com essa proposta contribuir com subsídios para a compreensão do fenômeno e qualificar a rede de serviços no município de Porto Alegre/RS. Os resultados sugerem que as mulheres utilizam diversas estratégias de enfrentamento para rompimento da violência doméstica, como submeter-se às vontades do companheiro para evitar novas situações de violência e até mesmo esconder armas de fogo. Observou-se que as mulheres permanecem durante anos em situação de violência, até a buscarem apoio na rede de proteção. Entre os fatores obstacullizadores da rota crítica estão: o medo, a vergonha, a culpa, isolamento social, falta de apoio familiar e fatores emocionais, como a depressão. Entre os fatores mobilizadores para a busca de apoio, evidenciou-se, o suporte dos filhos, aumento da violência, saturação da mulher e a busca em defender os filhos do companheiro. Os serviços de saúde são os primeiros lugares procurados pelas mulheres. A Delegacia da Mulher vem em segundo lugar. Neste percurso, as mulheres sofrem diversas violações de direitos, desde o não de acolhimento e/ou inadequado, demora nos trâmites legais, entre outros. Evidenciou-se a necessidade de políticas públicas intersetoriais que dêem conta das necessidades concretas das mulheres, destacando principalmente, a rede de atendimento especializada, essencial para o rompimento da violência. Conclui-se que as estratégias das mulheres para acessarem seus direitos são permeadas de contradições e ambivalências. Os processos de tomada de decisão de romper com relacionamentos violentos perpassam pela desnaturalização da violência, redefinição de papéis de gênero socialmente construídos, fatores esses que ainda contribuem para a subalternidade das mulheres.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Serviço Social}, note = {Faculdade de Serviço Social} }