@MASTERSTHESIS{ 2015:1581634590, title = {Previdência Social no Rio Grande do Sul : cenários e interfaces com a saúde do trabalhador}, year = {2015}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/6351", abstract = "Esta dissertação analisa a relação entre a organização e divisão do trabalho e o processo saúde-doença do trabalhador, através do mapeamento do perfil do trabalho no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no Estado do Rio Grande do Sul. A construção deste trabalho se realizou através de pesquisa, cujo problema foi inicialmente elaborado para investigar como a Previdência Social no Estado no Rio Grande do Sul está organizada quanto aos seus trabalhadores ativos. No decorrer da pesquisa, os dados encontrados e as análises que emergiram trouxeram achados mais complexos e que aprofundaram a discussão em torno da relação entre o trabalho, na conjuntura da reestruturação produtiva decorrente do avanço neoliberal a partir da década de 1980. Para ampliar a compreensão das categorias de análise, foi necessária a abordagem teórica sobre o trabalho, que se revelou em sua centralidade como modo de construção e reprodução da sociabilidade humana das transformações estruturais e conjunturais nos modos de produção, a Previdência Social e a sua construção histórica dentro das diversas concepções de proteção social de acordo com os modelos de Estado vigentes, desde os modelos conservadores até o a concepção do Welfare State, e o processo de construção e evolução do conceito de saúde do trabalhador no Brasil, desde o modelo convencional hospitalocêntrico até a sua transformação a partir do Movimento de Reforma Sanitária. A pesquisa, cujo objetivo se traduziu em subsidiar novos estudos e planejamentos de ações na temática da saúde do trabalhador, se utilizou do enfoque da visão sócio-histórica e dialética da realidade social que forneceu bases para analisar, dentro das categorias do método dialético, de que forma a relação entre o Estado e o capital determinou historicamente a concepção de proteção social à classe trabalhadora, as relações contraditórias entre o Estado de Bem-Estar Social e o modelo gerencial de Estado, cuja lógica se transferiu do privado para o público e que precariza a relação entre o capital e o trabalho, e como este processo de alienação se constitui em um fenômeno universal entre os trabalhadores na conjuntura do avanço do capitalismo de acumulação flexível que resultou no movimento de contrarreforma do Estado. A pesquisa documental valorizou a ampliação da compreensão do objeto na sua contextualização histórica e sociocultural, se tornando fonte relevante para a concretude do mapeamento a ser realizado. No contexto da discussão teórica e da análise dos dados, o mapeamento da lotação dos servidores do INSS no Rio Grande do Sul alertou para um cenário próximo de escassez de trabalhadores, uma vez que a contagem do número de servidores por Agência da Previdência Social considera uma grande parcela que se encontra em Abono de Permanência, e as informações sobre processos seletivos se mostram insuficientes para avaliar se a divisão do trabalho no INSS é saudável, tornando relevante a discussão sobre a relação entre a sobrecarga, ou sobretrabalho, e o adoecimento. As transformações no tipo de atividade realizada sofrem um processo de taylorização, ao mesmo tempo em que o serviço público sofre uma exigência toyotista de flexibilização, evidencia o cenário de alienação e perda de sentido do trabalho, agravado pela implementação de metas e avaliações de desempenho, tornando o servidor do INSS sujeito à sobrecarga e ao adoecimento físico e psíquico. Esta pesquisa evidencia também o desafio da classe trabalhadora que se encontra fragmentada por novos modelos de gestão e que não encontram espaço para reflexão sobre o trabalho enquanto determinante de saúde.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Serviço Social}, note = {Faculdade de Serviço Social} }