@MASTERSTHESIS{ 2015:1362154276, title = {Estudo das habilidades de enfrentamento e da autoefic?cia para a abstin?ncia em dependentes de crack}, year = {2015}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/6340", abstract = "O advento do crack tornou-se preocupante aos olhos da sociedade e da sa?de p?blica. A ci?ncia tem se interessado no estudo do fen?meno e tamb?m no desenvolvimento de abordagens de tratamento. Nesse sentido, torna-se relevante identificar e antecipar o que seriam poss?veis situa??es de risco e o qu?o confiantes sentem-se os usu?rios para seguir e evitar a reca?da. Esta disserta??o objetiva estudar as habilidades de enfrentamento e a autoefic?cia para a abstin?ncia em usu?rios de crack atrav?s de quatro estudos. O primeiro tem o t?tulo de ?Habilidades de Enfrentamento e Autoefic?cia na Abstin?ncia do Crack: uma Revis?o Bibliogr?fica?. Neste estudo foram revisadas as publica??es cient?ficas dos ?ltimos cinco anos (2010-2014), indexados nas bases de dados PubMed, PsycInfo, Lilacs, Proquest e Web of Science. Os descritores foram habilidades de enfrentamento, autoefic?cia, abstin?ncia, preven??o ? reca?da, abuso de drogas e crack. Foram pesquisados os descritores em l?ngua inglesa coping skills, self-efficacy, abstinence, relapse prevention, drug abuse and crack cocaine. Foram encontrados poucos artigos espec?ficos ao crack: estilos parentais e a influ?ncia nas habilidades de enfrentamento, craving e crack e recursos de enfrentamento em mulheres. Concluiu-se que o tempo de abstin?ncia, associado com abordagens adequadas e a autoefic?cia podem ajudar no desfecho do tratamento. O crack, com suas caracter?sticas pr?prias, causa diversos preju?zos, por?m a melhora cognitiva ? poss?vel levando-se em conta o tempo de abstin?ncia. Estudos sobre habilidades de enfrentamento e autoefic?cia s?o relevantes no contexto da abstin?ncia do crack, por?m ainda incipientes. O segundo estudo, ?Habilidades de Enfrentamento e Autoefic?cia para a Abstin?ncia em Dependentes de Crack?, avaliou as habilidades de enfrentamento e a autoefic?cia no contexto da abstin?ncia do crack em 189 sujeitos. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e correlacional com delineamento transversal. A amostra ? constitu?da de mulheres: 44,4% (n=84) e homens: 55,6% (n=105), com idades entre 19 e 59 anos e com at? 5 anos de escolaridade formal. Foram utilizados os testes Qui-Quadrado de Pearson e Exato de Fisher, o t-Student e de Mann Whitney para as vari?veis com distribui??o assim?tricas e a an?lise de vari?ncia (Two way) ? Pos Hoc Sheffe. O n?vel de signific?ncia ? de 5%. A m?dia de idade ? 31,7 anos, 58,3% (n=109) tem ensino fundamental e a classifica??o econ?mica pelo Crit?rio Brasil demonstrada ? a classe ?C? (49,02%). A m?dia resultante do Mini Exame do Estado Mental (MEEM) ? mais elevada no sexo masculino (26,8?2,6). No Fator 6 (Fuga e Esquiva) do Invent?rio de Estrat?gias de Coping ocorreu, no sexo feminino, correla??o significativa com o Fator 2 (Express?o de Sentimento) do Invent?rio de Enfrentamento Antecipat?rio para a Abstin?ncia (IDHEAA) (r=-0,250; p=0,022). H? correla??es significativas e positivas, principalmente entre os Fatores 1 e 2 do IDHEAA (Assertividade e Express?o de Sentimento) com todos os fatores da Escala de Autoefic?cia para a Abstin?ncia (EAAD) incluindo seu escore total. Entre as estrat?gias de Coping e a autoefic?cia para a abstin?ncia (EAAD), no sexo feminino, n?o h? correla??es significativas, sendo que nos homens h? correla??o positiva entre os fatores da autoefic?cia para a abstin?ncia (EAAD) e os fatores das estrat?gias de Coping (Autocontrole e Resolu??o de Problemas). Conclui-se que as mulheres s?o mais vulner?veis ao uso de crack e usam mais as estrat?gias de Coping. Homens mais confiantes s?o mais autocontrolados e tem maior disponibilidade de resolver problemas. Faltam estudos que correlacionem os construtos apresentados neste estudo. O terceiro estudo, intitulado como ?Rela??o entre Coping e o Tempo de Abstin?ncia em Dependentes de Crack?, correlacionou as estrat?gias de Coping e o tempo de abstin?ncia em homens e mulheres com transtorno grave pelo uso de crack, em tratamento. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e correlacional, com delineamento transversal e a amostra foi composta por 189 sujeitos: 84 mulheres (44,4%) e 105 homens (55,6%). Os participantes com idades entre 19 a 59 anos apresentam, no m?nimo, 5 anos de estudo formal. A idade m?dia de idade ? de 31,7 (?8,8) anos, apresentam n?vel escolar baixo e renda familiar entre 1 e 2 sal?rios m?nimos (68,8%). A compara??o entre vari?veis categ?ricas nos dois grupos ocorreu pelos testes Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher. Adotou-se o n?vel de signific?ncia de 5%. O tempo de abstin?ncia de at? 60 dias foi observado em 64,0% (n=121). Na avalia??o das estrat?gias de Coping as m?dias mais elevadas, no sexo feminino, foram Fator 1 (Confronto) (Masculino: 1,4?0,6 vs. Feminino: 1,6?0,6; p=0,05); Fator 4 (Suporte Social) (Masculino: 1,6?0,7 vs. Feminino: 2,0?0,7; p=0,001); Fator 6 (Fuga e Esquiva) (Masculino: 1,5?0,7 vs. Feminino: 1,8?0,7; p=0,014); Fator 5 (Aceita??o de Responsabilidade) (Masculino: 1,9?0,7 vs. Feminino: 2,1?0,6; p=0,011); e Fator 8 (Reavalia??o Positiva) (Masculino: 1,6?0,6 vs. Feminino: 2,0?0,7; p<0,001). As estrat?gias de Coping, correlacionadas ao tempo de abstin?ncia e ao sexo, teve um ?nico efeito significativo no Fator 5 (Aceita??o de Responsabilidade) para a intera??o entre sexo e tempo de abstin?ncia (F1, 189 = 5,318; p=0,022; poder=0,631). Houve signific?ncia lim?trofe nos Fatores 3 (Autocontrole) (F1, 189 = 4,064; p=0,072; poder=0,631) e 4 (Suporte Social) (F1, 189 = 4,031; p=0,072; poder=0,615). Houve efeito para o fator sexo evidenciado para os Fatores 1 (Confronto) (F1, 184 =8,357; p=0,004; poder=0,820); 3 (Autocontrole) (F1, 184 =4,450; p=0,036; poder=0,555); 4 Suporte Social (F1, 189 =5,574; p=0,001; poder=0,931); 6 (Fuga e Esquiva) (F1, 184 =; p=0,011; poder=0,724); e 8 (Reavalia??o Positiva) (F1, 184 =5,611; p<0,001; poder=0,953). Mulheres t?m escores mais elevados no Coping, independente do tempo de abstin?ncia. Mulheres com at? 60 dias de abstin?ncia apresentam maior Aceita??o de Responsabilidade (Fator 5/Coping) e, com mais de 60 dias, diminu?ram o Autocontrole (Fator 3/Coping). Homens com mais de 60 dias de abstin?ncia aumentaram o Suporte Social (Fator 4/Coping) em rela??o ao grupo com menos de 60 dias. Diferen?as nas estrat?gias de Coping detectadas entre homens e mulheres em cada faixa de tempo de abstin?ncia n?o se mostraram representativas neste estudo. O quarto e ?ltimo estudo, ?Habilidades de Enfrentamento, Autoefic?cia e Tempo de Abstin?ncia do Crack em Mulheres?, objetivou tra?ar um perfil de mulheres dependentes de crack internadas em Comunidades Terap?uticas, sendo correlacionados vari?veis como Enfrentamento Antecipat?rio, Autoefic?cia, Estrat?gias de Coping e o tempo de abstin?ncia. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e correlacional, com delineamento transversal. A amostra est? constitu?da de 84 mulheres. A distribui??o de normalidade foi verificada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov com corre??o de Lillifors, a rela??o de linearidade entre os instrumentos foi estimada atrav?s do coeficiente de correla??o de Pearson e a an?lise comparativa pelo teste t-Student. Para crit?rios de decis?o estat?stica adotou-se o n?vel de signific?ncia de 5%. Os resultados encontrados foram 31,6 (?9,1) anos como a m?dia de idade e escolaridade baixa em 57,1% (n=48). At? internarem, 40,5% (n=34) das participantes trabalhavam e 48,9% (n=41) foram classificadas como classe ?C? pelo Crit?rio Brasil. O tempo de abstin?ncia de at? 60 dias ocorreu em 62,9% (n=66) e a m?dia de dias sem o uso de drogas ? de 181,6 (?294,7) dias. Quanto ao uso de outras subst?ncias, observou-se a associa??o do crack a outras drogas (?lcool 23,8%; maconha 17,9%; coca?na 44,0%. Os resultados ponderados das m?dias encontradas no screening cognitivo atrav?s da Escala de Intelig?ncia Wechsler para Adultos (WAIS) foram: Cubos 11,4 (?3,0); C?digos 9,1 (?2,4) e D?gitos 11,4 (?3,3). O escore m?dio apresentado no Mini Exame do Estado Mental (MEEM) ? de 25,8. Na avalia??o da autoefic?cia (EAAD), a pontua??o m?dia mais elevada ocorreu no Fator 3 (Confian?a em n?o usar crack frente a preocupa??es: 3,6?1,1) e a menor no Fator 2 (Confian?a em n?o usar crack ao ver outras pessoas usando: 3,2?1,3). Na avalia??o das estrat?gias de enfrentamento antecipat?rias para a abstin?ncia do crack (IDHEAA), as pontua??es mais elevadas est?o nos Fatores 1 (Assertividade e planejamento para situa??es de alto risco: 2,3?0,8) e 2 (Express?o de sentimento positivo para manuten??o da abstin?ncia: 2,3?0,6), sendo que o menor escore m?dio foi no fator 3 (Autocontrole emocional em situa??es adversas: 2,0?0,8). As pontua??es m?dias nas estrat?gias de Coping oscilaram entre 1,6 e 2,1 pontos, sendo que a pontua??o m?xima estabelecida ? de 3 pontos. As m?ximas ocorrem na Aceita??o de Responsabilidade (Fator 5/Coping) (2,1?0,6), no Suporte Social (Fator 4/Coping) (2,0?0,7) e na Reavalia??o Positiva (Fator 8/Coping) (2,0?0,7). As m?nimas pontua??es ocorrem no Confronto (Fator 1/Coping) (1,6?0,6) e no Autocontrole (Fator 3/Coping) (1,6?0,6). Em rela??o ? correla??o dos instrumentos estrat?gias de Coping e enfrentamento antecipat?rio (IDHEAA), verificou-se que o Fator 1 do IDHEAA (Assertividade e planejamento para situa??es de alto risco) estimou correla??es significativas, positivas de grau fraco com as estrat?gias de Coping Suporte Social (Fator 4/Coping) (r=0,221; p=0,043), Aceita??o de Responsabilidade (Fator 5/Coping) (r=0,258; p=0,018), Resolu??o Problemas (Fator 7/Coping) (r=0,269; p=0,013) e Reavalia??o Positiva (Fator 8/Coping) (r=0,291; p=0,007); apontando que pontua??es elevadas no Fator 1 IDHEAA (Assertividade e planejamento para situa??es de alto risco) mostram-se correlacionadas a pontua??es tamb?m elevadas nos fatores das estrat?gias de Coping. As correla??es mais expressivas entre estrat?gias de Coping e enfrentamento antecipat?rio est?o no autocontrole emocional em situa??es adversas (Fator 3/IDHEAA) e no Suporte Social (Fator 4/Coping) (r=-0,294; p=0,007), Aceita??o de Responsabilidade (Fator 5/Coping) (r=-0,232; p=0,034), Resolu??o Problemas (Fator 7/Coping) (r=-0,311; p=0,004), e Reavalia??o Positiva (Fator 8/Coping) (r=-0,375; p<0,001). As estrat?gias de Coping e a autoefic?cia para a abstin?ncia variam de forma independente no sexo feminino. A m?dia no Fator 2 do Coping (Afastamento) (1,6?0,6) dos participantes com at? 60 dias de abstin?ncia foi mais alta (p=0,026). Houve signific?ncia lim?trofe (0,05