@PHDTHESIS{ 2015:1727876098, title = {Avaliação dos 35 anos de transplante renal no Hospital São Lucas da PUCRS}, year = {2015}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/6070", abstract = "Este trabalho consiste em um estudo retrospectivo que abordou a história dos 35 anos de transplantes renais no Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Foi realizado um levantamento da história das origens do serviço de nefrologia e sua evolução ao longo dos anos. Os dados foram separados em diferentes eras, com base no tipo de imunossupressão, sendo avaliadas as características dos pacientes antes, durante e após o transplante. Encontramos diferenças significativas entre cada era, principalmente nas características dos receptores e doadores, mas também na ocorrência de complicações e nos aspectos cirúrgicos. Foram realizados 1231 transplantes até 30 de abril de 2013, sendo 55,8% do sexo masculino, raça branca (86,9%) e com 76,6% de doadores falecidos. A maioria dos receptores com idade entre 19 e 59 anos (77,5%), sendo 1,9% acima de 70 anos. Diferenças significativas entre as características de cada era, principalmente em relação aos receptores e doadores. Estamos transplantando um número progressivamente maior de pacientes, significativamente mais idosos (p<0,001), com maior tempo em lista de espera (p<0,001), com doadores mais idosos (p<0,001) e tempos mais longos de isquemia (p<0,001). Foram verificados menos episódios de rejeição (p<0,001), menor ocorrência de algumas complicações clínicas, tais como infarto de miocárdio (p<0,001), AVE (p=0,02) e diabete pós transplante (p<0,001), ao longo do tempo. Na era atual, sobrevida de pacientes foram em 1, 3 e 5 anos de 98,3%, 94,6% e 90,5% para doadores vivos e de 92,4%, 87,2% e 80,7% para doadores falecidos, respectivamente. Sobrevida de enxertos foram para doadores vivos de 92,2%, 88,7% e 82,4% e doadores falecidos de 80,4%, 71,1% e 63,7%. Foi encontrado que transplantados que apresentaram pielonefrite aguda nos primeiros 30 dias após o transplante, apresentavam significativamente pior sobrevida de enxertos e pacientes, comparado com os que não apresentavam pielonefrite nos primeiros 30 dias. Além disto, idade, uso de cateteres de duplo J, indução com timoglobulina e tempo maior de hospitalização aumentam o risco desta infecção. Pacientes que receberam rins com doadores com critérios expandidos e induzidos com timoglobulina podem apresentar risco maior para morte após 24 horas do diagnóstico de septicemia por Acinetobacter baumannii resistentes a carbapenêmicos, complicação grave que ocorreu em 10 pacientes transplantados, dentre os 807 transplantados entre janeiro de 2000 e abril de 2013. Ocorreu baixa incidência de citomegalovírus nos últimos anos, apesar do aumento do uso de timoglobulina. Verificamos que o uso de timoglobulina em doses menores diminui o risco de citomegalovírus e que o uso de ganciclovir oral tem efeito protetor para o desenvolvimento de citomegalovírus no primeiro ano do transplante. E por fim, verificamos que pacientes que apresentavam presença de citologia urinária positiva para poliomavírus apresentaram pior função renal e pior sobrevida de enxerto, em acompanhamento de 7 anos, comparado com grupo de pacientes que não tinha presença de células decoy na urina. A análise de 35 anos de transplante do Serviço de Nefrologia da PUCRS, mostra a evolução de um programa de referência no nosso meio e as diferentes condutas e resultados nas diversas épocas. Ocorreram mudanças nas características dos doadores e receptores, critérios de seleção, avaliação de compatibilidade e protocolos de imunossupressão, entre outros.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde}, note = {Faculdade de Medicina} }