@MASTERSTHESIS{ 2015:1841401002, title = {Variações sazonais do metabolismo energético e do balanço oxidativo em Parastacus brasiliensis promatensis (Crustacea, Decapoda, Parastacidae)}, year = {2015}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/6017", abstract = "Os macroinvertebrados bentônicos ocupam uma posição crítica na cadeia alimentar, uma vez que eles são responsáveis pela troca de energia entre os recursos basais e os níveis tróficos superiores. Com o objetivo de analisar o comportamento fisiológico do lagostim Parastacus brasiliensis promatensis ao longo do ano, foram coletados 69 indivíduos no mês central de cada estação do ano. Os animais coletados foram medidos quanto ao comprimento de cefalotórax, tendo como critério o valor mínimo 20 mm para captura, após tiveram a hemolinfa retirada em meio contendo oxalato de potássio 10% (anticoagulante) e deixadas em banho de gelo por 24 horas para utilização apenas do plasma nas análises. Após a captura os animais foram sacrificados por crioanestesia. No momento de cada coleta foi obtida uma amostra de água do local de coleta, riacho Garapiá (São Francisco de Paula, RS), para análise dos parâmetros físico-químicos. Em laboratório os indivíduos foram pesados quanto ao peso total e peso tecidual para determinação dos índices de repleção gástrica e hepatossomático (IH), em ambos os gêneros, e gonadossomático (IG) apenas nas fêmeas; como também o grau de repleção gástrico. Na hemolinfa quantificamos, por espectrofotometria, as proteínas, o lactato, os lipídeos, os triglicerídeos, o glicerol, o colesterol VLDL e o HDL e a glicose. Analisamos ainda o comportamento de três enzimas antioxidantes, sendo elas a superóxido dismutase (SOD), a catalase (CAT) e a glutationa S-tranferase (GST); bem como uma medida de dano celular (lipoperoxidação, LPO), com o objetivo de descrever o status oxidativo desta subespécie em diferentes estações do ano. Estas análises foram realizadas, por métodos espectrofotométricos, nas brânquias, no hepatopâncreas e no músculo abdominal para ambos os gêneros e, nas gônadas das fêmeas. Os dados foram analisados por ANOVA de uma via seguida de Bonferroni ou Kruska-Wallis seguido de Dunn, nos programas SPSS (versão 17.0) ou Bioestat, respectivamente. As analises estatísticas indicam que houve diferença entre o IH E IG de fêmeas ao longo do período de estudo. Na primavera (pico reprodutivo) observamos um aumento do IG e uma redução do IH, sugerindo alocação das reservas energéticas do hepatopâncreas para as gônadas; hipótese reforçada pela análise do IH em machos, onde não houve diferença significativa. O índice gástrico mostrou uma redução (p<0,05), em ambos os sexos, no inverno o que aliado a uma diminuição da temperatura ambiental e manutenção da glicemia sugerem uma diminuição da taxa metabólica e da exploração do habitat, com possível utilização das reservas endógenas; aliados a uma diminuição do glicerol e proteínas na transição do outono para o inverno. Ambos os gêneros apresentaram diferenças (p<0,5) para os níveis de lactato, com os níveis relacionando-se possivelmente com o baixo teor de oxigênio dissolvido (3,31mg/l) encontrado na água no verão, sendo estes considerados níveis hipóxicos. Houve também um aumento significativo em toda a cadeia lipídica em ambos os sexos; porém, mais pronunciado nas fêmeas, no período que corresponde ao ápice da reprodução, sendo a provável causa o preparo reprodutivo diretamente e/ou o aumento de gasto energético nesta situação. Quanto ao estresse oxidativo, os resultados sugerem que as fêmeas apresentam um grande gasto energético na proteção do tecido gonadal, principalmente na primavera (ápice da reprodução), mantendo um alto grau de atividade da enzima GST, aliado à menor medida de dano celular (LPO) quando comparado com os demais tecidos. Já para os machos o nível de lipoperoxidação foi maior na primavera, em todos os tecidos. Contudo, o tecido branquial se mostrou incapaz de aumentar a atividade antioxidante, sendo apenas o músculo e o hepatopâncreas capazes de incrementarem as defesas enzimáticas na primavera. Podemos concluir que fatores sazonais influenciam claramente o ciclo biólogico de P. brasiliensis promatensis e demandam ajustes no balanço oxidativo, exigindo uma demanda maior das defesas antioxidantes enzimáticas e do sistema metabólico.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Zoologia}, note = {Faculdade de Biociências} }