@MASTERSTHESIS{ 2014:1258772771, title = {Travestis e pris?es : a experi?ncia social e a materialidade do sexo e do g?nero sob o lusco-fusco do c?rcere}, year = {2014}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/563", abstract = "O presente texto versa sobre as experi?ncias sociais de travestis com o c?rcere, tendo como cen?rio o Pres?dio Central de Porto Alegre (PCPA). A an?lise presente se utilizou dos fundamentos do materialista-hist?rico e dial?tico e dos fundamentos feministas (especialmente do feminismo intersecional), da teoria queer e da criminologia cr?tica, em dire??o a uma perspectiva queer marxista. Estudar as experi?ncias sociais da popula??o de travestis na pris?o implica reconhecer a presen?a de direitos negados e de necessidades n?o respondidas, pois ? sabido que as identidades de g?nero diferentes das reconhecidas como coerentes de acordo com um sistema bin?rio de sexo/g?nero s?o historicamente reprimidas e perscrutadas pelos aparelhos ideol?gicos do Estado, especialmente os ligados ao sistema penal. Como metodologia de natureza qualitativa, se utilizou de pesquisa bibliogr?fica e documental para realiza??o do estudo te?rico sobre o tema, de entrevistas n?o estruturadas atrav?s da t?cnica de hist?ria oral com os sujeitos e observa??o participante com recurso ao di?rio de campo. Foram entrevistadas em grupo focal doze travestis presas e dois homens companheiros de travestis; individualmente foram entrevistados um homem homossexual preso, tr?s travestis que j? passaram pela experi?ncia social da pris?o e quatro t?cnicos, totalizando 22 sujeitos da pesquisa. A hist?ria oral aparece como t?cnica nas entrevistas individuais n?o estruturadas e grupo focal atrav?s de um roteiro de t?picos guia. J? para a observa??o participante, foi elaborado um roteiro que consubstanciou em di?rio de campo. A interpreta??o dos dados foi realizada por meio da an?lise textual discursiva. Foi poss?vel considerar que a captura das travestis pela pris?o lhes confere padr?es distintos de controle sobre os corpos, at? ent?o n?o experimentados, nos quais a experi?ncia prisional se torna instrumento de aprofundamento da viol?ncia sofrida no cotidiano. Isso acontece porque suas pr?prias sele??es ao sistema penal consideram marcadores sociais de ra?a/etnia e classe social, quer dizer, determina??es que j? as colocam anteriormente vulner?veis socialmente. A cria??o de uma ala espec?fica, assim, ? um modo de enfrentamento organizado coletivamente por elas de acordo com os seus interesses de maior prote??o institucional. Por outro lado, esse mesmo modo de funcionamento que protege tamb?m oprime de formas mais perversas as travestis atrav?s do n?o acesso ? educa??o e ao trabalho dentro do c?rcere; na rela??o com os outros presos e na transfobia institucional; nos modelos de comportamento ditados; no acesso prec?rio ? sa?de; no abandono familiar; no aumento de controle penal.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Servi?o Social}, note = {Faculdade de Servi?o Social} }