@MASTERSTHESIS{ 2010:1749717988, title = {"Mais um dia no sistema" : código de conduta próprio e normas institucionais no cotidiano de adolescentes privados de liberdade}, year = {2010}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/4673", abstract = "Este estudo aborda as interações cotidianas de um grupo de adolescentes privados de liberdade numa unidade de internação da Fundação Atendimento Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul (FASERS). Este trabalho tem como objetivos analisar: o código de conduta e honra criado e acionado pelos adolescentes durante o período de internação; as formas de interação entre os adolescentes e os monitores no interior da unidade e as posições ocupadas pelos adolescentes no grupo de internos durante a privação de liberdade. Para tanto, num primeiro momento reconstruí, sinteticamente, a história das políticas de atenção as crianças e aos adolescentes no Brasil e no Rio Grande do Sul ressaltando o aspecto jurídico e a criação das instituições que executam o atendimento a esta população. A partir da etnografia realizada no interior de uma unidade de internação da FASERS mergulho no cotidiano dos adolescentes privados de liberdade e identifico manifestações de um código de conduta e honra que auxilia os adolescentes na organização das suas vidas no interior da unidade. Constato que o recebimento das visitas é o evento social institucional balizador da constituição do código de conduta que permeia diversos aspectos e diferentes momentos do dia a dia destes adolescentes. Em relação às interações entre os adolescentes e os monitores coloco em evidência o fato de que os dois grupos de agentes se relacionam com base no código de honra e nas normas institucionais. Contudo, a intensidade do convívio e a necessidade de satisfação de seus interesses específicos tornam o cotidiano da internação um espaço de intensa negociação e de construção de acordos e combinações. Além disso, foi possível concluir que a confiança entre os internos, os laços de reciprocidade e as afinidades na realização de algumas atividades cotidianas agregam os internos. Deste modo, a ocupação das posições no grupo depende da capacidade de agência e do campo de possibilidade de ação que cada um constrói para atuar como líder, empilhado, humilde ou prestativo. Por fim, o estudo possibilitou compreender que os internos vivenciam o cotidiano institucional a partir de quatro dimensões: o código de conduta e honra por eles constituído; o cumprimento das regras institucionais; as interações estabelecidas com os monitores que representam a instituição e também a ocupação das posições de atuação no interior da unidade.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais}, note = {Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas} }