@MASTERSTHESIS{ 2014:1624962155, title = {Kony 2012 : ativismo civil e a vida moral no cibermundo}, year = {2014}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/4562", abstract = "A presente dissertação busca investigar os aspectos morais relacionados à veiculação na Internet da campanha humanitária KONY 2012, criada pela organização Invisible Children (IC) em 2012. Essa ação propôs que civis solicitassem às autoridades internacionais apoio militar ao governo de Uganda para que este conseguisse extinguir as ações de Joseph Kony, um líder de um movimento responsável pela consecução de diversos crimes hediondos. Esta pesquisa justifica-se pela necessidade de compreender os fenômenos comunicacionais e culturais cibermediados na atualidade, os quais têm colocado à prova modos de socialização e de organização política, parâmetros éticos e posicionamentos morais. Assim, o presente estudo é desenvolvido com observações e confrontações históricas e sociológicas, procurando entender as ambivalências e paradoxos das socialidades contemporâneas. Com base na matriz metodológica indicada por Rüdiger (2011), o fenômeno em tela é estudado em dois eixos: movimento e contramovimento. O movimento KONY 2012 trata-se de produções audiovisuais e comentários de texto que foram importantes para a popularização da causa. Já o contramovimento KONY 2012, além de produções audiovisuais e comentários de texto diversos, consiste também em ações que questionaram a campanha, intencionando pôr em xeque as suas mensagens e objetivos. Para conduzir as reflexões sobre o objeto, este estudo é orientado pelas discussões sobre moral e moralidade no mundo pós-moderno, tendo como principais referências Giddens (1991), Lipovestky (1994), Vattimo (1994) e Bauman (1997). Nesta investigação, percebeu-se que o movimento e o contramovimento KONY 2012 mostraram que, apesar da aparente inquestionabilidade da causa, a responsabilidade moral no contexto pós-moderno continua sendo complexa e problemática. Por um lado, registra-se a possibilidade de livre encontro com outros mundos e modos; de usufruir do livre-arbítrio enquanto experiência oscilatória entre pertença e desenraizamento na dita sociedade da comunicação generalizada. Por outro, a situação da moralidade nesse contexto revela a irresponsabilidade dos sujeitos: a experimentação e a fruição cotidiana, espontânea, do ser e o viver com base no sentido estético, parecem ser os interesses primordiais. Assim, discute-se que as ditas tecnologias emancipatórias não são favoráveis quando há carência de consciência e responsabilidade moral.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social}, note = {Faculdade de Comunicação Social} }