@PHDTHESIS{ 2014:235112524, title = {A pris?o feminina : gravidez e maternidade : um estudo da realidade em Porto Alegre RS/Brasil e Lisboa/Portugal}, year = {2014}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/4262", abstract = "Este estudo tem como objetivo compreender e comparar as percep??es das viv?ncias e os significados da maternidade para as mulheres reclusas, que est?o em companhia de seus filhos em uma pris?o no Rio Grande do Sul - Brasil e em Lisboa - Portugal. Tamb?m foram investigadas as caracter?sticas sociodemogr?ficas, cl?nicas e jur?dicas da popula??o, as percep??es dos profissionais que trabalham nessas pris?es e os programas oferecidos. A pesquisa teve um delineamento misto, totalizando 60 participantes na amostra brasileira e 35 na portuguesa. Os dados quantitativos foram analisados por meio dos c?lculos estat?sticos do Statical Package for the Social Sciences SPSS, vers?o 17.0 para Windows, e os dados qualitativos foram analisados com o m?todo Grounded Theory. Os resultados apontam que a maioria das mulheres pertence a grupos desfavorecidos, cumpre pena por tr?fico de drogas, possui familiar com hist?ria de aprisionamento, bem como j? visitou algu?m na pris?o. Diante dos dados cl?nicos, constata-se que as reclusas brasileiras apresentam um quadro de vulnerabilidade mais severo que as reclusas portuguesas. Tal constata??o ? evidenciada no percentil de mulheres com hist?ria de uso de drogas il?citas, totalizando 68,3% das brasileiras e 37,5% das portuguesas, indicando que h? o dobro de usu?rias de drogas na amostra brasileira, bem como houve uma associa??o positiva entre uso de drogas e aprisionamento anterior e dificuldades de cuidar dos filhos em liberdade. Mesmo que a maternidade em meio prisional tenha se dado em contextos culturais, sociais, pol?ticos, econ?micos diversos, h? categorias similares quanto ao significado da maternidade. Os aspectos que se destacaram nas entrevistas foram os fatores protetivos e fatores de risco do aprisionamento para a m?e e para a crian?a; a constata??o do ambiente hostil; a impot?ncia em exercer a maternidade; a mudan?a na identidade materna versus a maternidade idealizada; o estabelecimento de um v?nculo mais estreito com o filho; a suaviza??o do aprisionamento; e, a ambival?ncia frente ao temor da separa??o versus bem estar do filho. J? as diferen?as s?o descritas nas seguintes categorias: a influ?ncia do aprisionamento do filho; o sentimento de culpabilidade e as estrat?gias utilizadas (conten??o versus atenua??o). Em ambas as realidades, o aprisionamento acaba estendendo-se aos filhos, que de forma direta acabam por ser submetidos a priva??es e aos efeitos do aprisionamento. No entanto, foi constatado que quanto mais tempo a crian?a permanece na pris?o, mais se torna capaz de perceber as priva??es submetidas e, como consequ?ncia, sofrem diversas influ?ncias e danos manifestados atrav?s do comportamento. Este achado refor?a que a maternidade deveria ser recriada em espa?os que assegurassem a sua liberdade. Tal constata??o foi feita na amostra portuguesa, em que a maioria das m?es tem a experi?ncia de poder permanecer com o filho na pris?o at? os tr?s anos, diferentemente da amostra brasileira em que ? permitida a perman?ncia da crian?a at? um ano de idade, per?odo este em que n?o h? um entendimento da pris?o.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Direito}, note = {Faculdade de Direito} }