@MASTERSTHESIS{ 2015:649746988, title = {Cotas raciais no curso de medicina da UFRGS na perspectiva docente: rupturas e configura??es tecidas na garantia do direito ? educa??o superior p?blica}, year = {2015}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/3828", abstract = "A presente pesquisa versa sobre as cotas raciais como pol?ticas de a??o afirmativa para acesso ?s universidades federais enquanto garantia do direito ? educa??o superior. Constitui-se em medida de democratiza??o da universidade p?blica, possibilitando o acesso de alunos negros, contribuindo para a repara??o e redu??o das desigualdades educacionais a partir de fatores de cor e ra?a. Objetiva analisar rupturas e configura??es promovidas pelas cotas raciais no curso de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS na perspectiva de docentes. Para tanto, elegeu-se como objetivos espec?ficos identificar as pol?ticas institucionais para o acesso da popula??o negra em seus dispositivos normativos; identificar a??es institucionais, em ?mbito do ensino e extens?o, e a??es no curso de Medicina, em ?mbito do ensino da gradua??o, que abordem quest?es relacionadas ? popula??o negra na senda da Educa??o das Rela??es ?tnico-Raciais; e analisar, a partir da perspectiva docente, rupturas e configura??es promovidas pelas cotas raciais no curso. As Leis 10.639/2003 e 12.711/2012 s?o refer?ncias neste estudo. A metodologia segue a abordagem qualitativa, composta por an?lise documental, mapeamento das a??es institucionais e no curso e de entrevistas com oito professores que atuam em disciplinas da gradua??o da Medicina. Os dados s?o analisados pela metodologia de An?lise Textual Discursiva (MORAES; GALIAZZI, 2009). A tem?tica tem como fundamentos te?ricos Fanon (2008), Carvalho (2006), Munanga (1999, 2001; 2005; 2005- 2006), Munanga e Gomes (2006), Henriques (2001), Paix?o (2011), que discutem as cotas no marco das desigualdades raciais no Brasil e suas decorr?ncias no acesso a bens sociais pela popula??o negra, tal como a educa??o. Como resultados, percebe-se a ocorr?ncia de diversas rupturas, expressas como mudan?as, interfer?ncias, interrup??es em a??es, pr?ticas e conviv?ncias comuns no curso. Tais como a express?o de que as cotas representam interfer?ncias no espa?o de poder universit?rio; a produ??o, por parte institucional e docente, de invisibilidades dos alunos negros, que se expressa por visibilidades a partir da perspectiva da branquitude e do branqueamento; marcas de diferen?as produzidas a partir da cren?a da diferen?a de desempenho acad?mico entre cotistas e n?o cotista, que n?o se confirma por dados estat?sticos. No cen?rio em franca muta??o, emergem configura??es, concebidas aqui como realidades que se reconstroem e se refazem, e se expressam nas an?lises docentes quando questionam dispositivos de ensino e avalia??o do curso; reconhecem a import?ncia da presen?a dos alunos cotistas negros e n?o negros e valorizam suas contribui??es a partir da diversifica??o das atividades pedag?gicas e curriculares. Percebe-se o compromisso institucional em ampliar a discuss?o sobre a cultura afro-brasileira e africana em ?mbito acad?mico, mas que ainda est? em processo de constitui??o, sendo inexistentes no curso de Medicina.Por fim, os achados traduzem-se em premissas para a avalia??o dos programas afirmativos no interior das institui??es e nos cursos, para al?m de entend?-la estritamente pelo desempenho acad?mico dos estudantes e, assim, concluir pelo seu sucesso ou insucesso, mas sim uma avalia??o que a conceba como qualificadora das conviv?ncias entre os atores da educa??o, identificando e combatendo barreiras acad?micas existentes e produzidas por resist?ncias e nega??es ? pol?tica.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Educa??o}, note = {Faculdade de Educa?} }