@PHDTHESIS{ 2006:461444422, title = {Moendas caladas : A??car Ga?cho S. A. AGASA : um projeto popular silenciado : Santo Ant?nio da Patrulha e Litoral Norte do Rio Grande do Sul (1957-1990)}, year = {2006}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2529", abstract = "Esta tese aborda a expans?o canavieira no extremo-sul do Brasil, a contar do s?culo XVIII, com destaque para o s?culo XX. Inicialmente, ao serem apresentados os cen?rios da cana, do Oriente at? seu ingresso no Brasil, ? dada ?nfase ? Ilha da Madeira, como o "portal" da difus?o canavieira tamb?m no Rio Grande do Sul. Por tratar-se de tema in?dito da historiografia regional, foi necess?rio configurar a constru??o da identidade do Litoral Norte, a tradicional regi?o canavieira do estado, apresentando-se as experi?ncias manufatureiras precursoras. Frustradas, elas legaram uma heran?a de desconfian?a e descr?dito aos futuros empreendimentos do ramo. ? analisada, no seguimento, a conex?o entre canaviais e produ??o de a??car mascavado nos engenhos, destacando-se as rela??es de trabalho geradas na terra e na manufatura, frente ?s condi??es de pobreza da regi?o. Aponta os desafios impostos aos canavieiros, na segunda metade do s?culo XX, diante da restri??o de mercado, o que afetou seriamente o Litoral Norte do estado. Idealizado pelos minifundi?rios da cana, agregados na Cooperativa Canavieira Santo Ant?nio Ltda., o projeto de uma usina a?ucareira como a ressurrei??o regional foi apropriado pelo governo Brizola e, a contar de 1964, executado sob a ?tica do regime militar ent?o instalado. Sem representa??o dos fornecedores de cana no colegiado diretivo da usina, conforme decis?o inicial, a AGASA A??car Ga?cho S.A., inaugurada em 1965, encerrou suas atividades em janeiro de 1990, ap?s lenta agonia. Atrav?s de farta documenta??o escrita e iconogr?fica, e da produ??o de fontes orais com diferentes categorias de atores da historia da usina, analisam-se a conduta, as iniciativas e os rumos contradit?rios da empresa e suas conseq??ncias para os canavieiros e regi?o. Verificam-se os fatores de ordem infra-estrutural, como o alto custo dos fretes para o transporte da cana da lavoura ? f?brica, a falta de estradas nos morros da cana e a inadequa??o estrutural usineira com a produ??o em minif?ndios, somados aos descaminhos dos objetivos sociais para os quais a ind?stria foi projetada e instalada. Demonstra-se como os trabalhadores da cana, portadores de tradi??o canavieira, viveram um conflito de identidade frente ? orienta??o empresarial que lhes foi dirigida. Aliado aos limites estruturais, o estudo revela tamb?m que a AGASA n?o resistiu aos reveses conjunturais, sobretudo por terem sido afastados da base os populares da cana. Em resist?ncia, eles abandonaram o processo produtivo, deixaram as moendas caladas e/ou partiram para a cidade, migrando para a Grande Porto Alegre, aos milhares, deixando em abandono suas parcas terras e silenciando a usina, hoje em ru?nas, ? beira da "doce" Lagoa dos Barros.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Hist?ria}, note = {Faculdade de Filosofia e Ci?ncias Humanas} }