@MASTERSTHESIS{ 2014:1272261187, title = {A revolta dos colonos de 1957, interpretações, apropriações e memórias}, year = {2014}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2510", abstract = "O presente trabalho apresenta distintas percepções em relação à Revolta dos Colonos de 1957, ocorrida no Sudoeste do Paraná. O levante social de 1957 envolveu diferentes interesses, no campo social, político e econômico, tais aspectos inserem-se em um contexto específico de disputas pela terra na região. O levante é reconhecidamente um movimento popular, em que colonos, percebidos enquanto posseiros, ocupam as principais cidades da região e obrigam a retirada das companhias colonizadoras, conquistando suas propriedades. Assim, um dos objetivos do trabalho é perceber a participação de remanescentes farrapos ou maragatos na Revolta. Observando esta participação a partir de dois vieses: Primeiro analisando como algumas historiografias localizam estes remanescentes no contexto em questão ou mesmo no que antecede isso, com atenção para a conjuntura que insere estes sujeitos enquanto referência para o conflito de 1957. O segundo viés, analisa como a memória regional demarca a questão no âmbito público, ou seja, de que forma estes personagens ganham destaque e se tornam ícones e símbolos de uma luta. Deste modo, a análise preocupa-se com uma questão que é vista por boa parte da historiografia que pesquisa a Revolta, como dada. Assim, se desconhece trabalhos que questione a participação destes elementos no ocorrido, criando um senso comum na região, de que de fato a Revolta teve importante contribuição de remanescentes farrapos ou maragatos, sem questionar quem são esses nomes e qual a relação deles com os movimentos ocorridos no Rio Grande do Sul. Desta forma, a reflexão visa contextualizar uma questão para discussão. Ao mesmo tempo, outro objetivo é refletir narrativas de personagens que participaram ou vivenciaram a Revolta dos Colonos. A pesquisa utiliza-se da história oral, refletindo experiências de sujeitos que viveram o período ou presenciaram o conflito social, assim, visa compreender suas trajetórias de vida, seus modos de viver e lutas na terra. Nas entrevistas, dentre os inúmeros aspectos apresentados, ressalta-se as dificuldades sociais e econômicas em um contexto de instabilidade política. Deste modo, pretendo apresentar as experiências sociais no sentido qualitativo da fonte oral, demonstrando como no levante as experiências de pessoas simples, sem vínculo com partidos políticos ou sem ser uma liderança urbana, também foram significativas para o desfecho da Revolta. Ao pensar como esses personagens observam os principais acontecimentos, destaco como isso difere de memórias ditas oficiais.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas} }