@MASTERSTHESIS{ 2012:1602156258, title = {Hist?ria natural de Sporophila hypoxantha cabanis, 1851 (aves: emberizidae) em campos de altitude no sul do brasil}, year = {2012}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/232", abstract = "Estudamos a hist?ria natural do caboclinho-de-barriga-vermelha (Sporophila hypoxantha), uma esp?cie importante nos habitats campestres sul-americanos e pobremente conhecida do ponto de vista da sua biologia e ecologia. Dados foram coletados durante tr?s temporadas reprodutivas (entre novembro e mar?o de 2007/2008, 2008/2009 e 2009/2010) em ?reas de campos secos ?ngremes ao longo do rio Lava- Tudo, localidades de Coxilha Rica (Lages) e Est?ncia do Meio (S?o Joaquim), sudeste de Santa Catarina (28? 18 S, 50? 17 W; 800-1000m de altitude). Monitoramos 69 ninhos, revisando o conte?do a cada 2-6 dias, e avaliamos aspectos da cronologia, territorialidade, nidifica??o, atributos dos habitats selecionados, caracter?sticas dos ninhos, ovos e ninhegos, cuidado parental, destino dos ninhos (sucesso reprodutivo) e sobreviv?ncia di?ria. Machos imigram na primeira semana de novembro e logo iniciam o estabelecimento e defesa de territ?rios. Com a chegada das f?meas, alguns dias ap?s, inicia a sele??o dos machos e escolha dos s?tios de nidifica??o. O pico de ninhos ativos se deu na segunda quinzena de novembro. F?meas constroem os ninhos sozinhas, mas assistidas de perto pelos machos, atividade que leva 3-6 dias. A esp?cie selecionou s?tios planos marcados por um denso estrato m?dio, ricos em arbustos como Vernonia chamaedrys, Eupatorium polystachyum, Baccharis caprariifolia e touceiras de Andropogon lateralis, evitando habitats com maior adensamento do estrado superior, maior declividade e ocorr?ncia de pequenas ?rvores como Escallonia megapotamica. Esses ambientes preferenciais ocorrem em ?reas de intensidade moderada de pastoreio e pouca queima. Os pequenos ninhos t?m formato de tigela, feitos com pend?es finos de capins como Eragrostis polytricha, sobre arbustos (principalmente V. chamaedrys e E. polystachyum, 66%), a uma altura m?dia de 41,9 ? 0,8 cm em rela??o ao solo. A ninhada ? de dois (91%) ou tr?s ovos. A incuba??o, realizada apenas pela f?mea, dura 12 dias. Em 60% do tempo a f?mea permanece incubando e cada visita dura entre 20 e 31 min. Os ninhegos s?o alimentados pelas f?meas nos primeiros dias de vida e, a partir do quinto, o macho passa a ajudar. S?o realizadas 4,6 ? 0,7 e 8,95 ? 1,8 visitas para alimentar ninhegos de 1-4 e 6-9 dias de vida, respectivamente. Com 30 dias os filhotes tornam-se independentes. Os par?metros b?sicos da biologia reprodutiva encontrados assemelham-se aos dispon?veis na literatura para as popula??es residentes da Prov?ncia de Formosa, Argentina, salvo por apresentar temporada mais curta, constru??o de ninhos mais r?pida e menor m?dia de dura??o de visitas de cuidado aos ninhegos. De 55 ninhos que tiveram o status final confirmado, 40% tiveram sucesso. O sucesso Mayfield foi de 25%. Preda??o foi a principal causa de perda de ninhadas (55% dos ninhos insucesso), seguida de abandono, infesta??o por larvas subcut?neas de Philornis seguyi, pisoteio pelo gado e queima. A taxa de sobreviv?ncia di?ria foi maior no per?odo de incuba??o (0,945) do que de ninhego (0,927). Esse padr?o tamb?m foi corroborado pela an?lise no programa MARK, que encontrou uma forte queda na sobreviv?ncia di?ria ao longo dos 21 dias (12 de incuba??o e nove de ninhego) de ciclo de nidifica??o. Isso pode estar relacionado com a atividade no ninho (maior nas fases finais do ciclo), como prediz a hip?tese de Alexander Skutch. Tamb?m ocorreu uma queda gradual na taxa de sobreviv?ncia di?ria ao longo da temporada reprodutiva, que pode ser resultado de menor aptid?o (fitness) nos reprodutores tardios, al?m da maior intensidade de infesta??o por Philornis, com aumento de temperatura. A produtividade m?dia foi de 0,77 filhotes por casal, que produz apenas uma ninhada por esta??o (salvo dois casos de casais que perderam a ninhada e tentaram novamente). Por fim, analisamos um poss?vel h?brido entre S. hypoxantha e S. melanogaster registrado por dois anos consecutivos na ?rea de estudos e bem documentado. Esse apresentava vocaliza??o completamente condizente com o padr?o de S. hypoxantha e plumagem como em S. melanogaster, embora possa representar um t?pico caso de aprendizagem interespec?fica de canto. Esse padr?o nunca havia sido constatado.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Zoologia}, note = {Faculdade de Bioci?ncias} }