@PHDTHESIS{ 2013:1077792575, title = {Taxa de elocução e de articulação em corpus forense do português brasileiro}, year = {2013}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2115", abstract = "Este estudo tem por tema a taxa de elocução (TE) e de articulação (TA) em fala espontânea do português brasileiro (PB), angariada em gravação desavisada (interceptações telefônicas judicialmente autorizadas, realizadas sem a ciência dos locutores) e avisada (entrevista semidirigida sabida e consentida), contraponto situacional comumente encontrado em Fonética Forense, especificamente na perícia de Comparação de Locutor (CL). Objetivou-se através dele estabelecer o potencial individualizante da TE e da TA, visando à incorporação das taxas temporais ao conjunto de parâmetros técnico-comparativos utilizados na perícia de CL, assim como verificar a relação existente entre tais taxas e as variáveis independentes idade, sexo, escolaridade, gap temporal (entre as gravações desavisada e avisada), tipo de gravação e tamanho do intervalo de fala. Investigou-se a TE e a TA na fala de sete sujeitos (cinco do sexo masculino e dois do sexo feminino), estabelecidos no Rio Grande do Sul (Brasil), com o PB como língua materna e dialetos indefinidos devido à ocasional(is) aprisionamento(s). Os sujeitos integram o banco de dados do Instituto Geral de Perícias (IGP), órgão da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do referido estado, nele figurando como alvo da perícia de CL, com resultado positivo para o confronto de perfil de voz e fala então efetuado. Mensurou-se os tempos de fala global e localmente, analisando-se 539 turnos de fala e 748 intervalos interpausais, considerados no cálculo, respectivamente, das TEs e das TAs.Os resultados apontam a existência de diferença não significativa entre os tipos de taxa (mostrando-se a TA menos variável do que a TE, especialmente na mensuração local), mas diferença significativa entre as formas de mensuração na TE. Quanto ao potencial individualizante das taxas, somente na TA a variabilidade intersujeitos foi superior à intrassujeito, obtendo-se, nesse caso, um coeficiente de correlação intraclasse indicativo de satisfatório poder discriminatório de falante. A análise da variabilidade por sexo e por tipo de gravação apontou como significativo somente o tipo de gravação na TE. Observou-se que os sujeitos de ambos os sexos tendem a diminuir as taxas quando têm ciência da gravação (diminuição maior no sexo masculino) e que na fala casual (gravação desavisada) são prevalentemente os homens os falantes com as maiores taxas. Encontrou-se diferença significativa entre os fatores da variável tipo de gravação na TE e correlação significativa entre a TE e a variável tamanho do intervalo de fala e entre a TA e a variável gap temporal. Considerando-se as 1.287 taxas locais, são significativos preditores do aumento da TE e da TA o fator masculino da variável sexo e o avanço na escolaridade e no gap temporal, enquanto que significativos preditores da diminuição da TE e da TA o avanço na idade e a ciência de gravação.Conclui-se pela indicação da incorporação da TA local média ao rol de parâmetros técnico-comparativos utilizados na perícia de CL, resguardada a máxima contemporaneidade entre as gravações confrontadas, e pela necessidade de adoção de providências que visem minimizar o impacto da ciência da gravação e de diferenças decorrentes tanto do estilo de fala próprio a cada um dos tipos de gravação quanto de eventuais incrementos na escolarização, ocorridos no gap temporal existente entre os áudios do cotejo", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Faculdade de Letras} }