@PHDTHESIS{ 2024:1213377921, title = {Trabalho artesanal feito por mulheres : tramas educativas da amanualidade}, year = {2024}, url = "https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/11391", abstract = "Esta tese contribui com o campo da Educação Popular e da Educação para Jovens e Adultos com as mulheres e seus processos educativos na produção dos saberes do trabalho artesanal. Para tanto, foram analisadas a ressignificação do trabalho artesanal interpenetrada pela experiência amanual de sete artesãs, com idades entre 27 e 55 anos, constituindo um grupo intergeracional. O fazer artesanal se estabeleceu como um modo de existir, produzir, e expressar-se artística, cultural e politicamente. A problemática da pesquisa buscou responder, a partir do conceito de amanualidade de Álvaro Vieira Pinto (1909-1987), revisitado pela Educação Popular Feminista, quais são os processos educativos vivenciados pelas mulheres e contados por elas sobre o trabalho artesanal. O estudo teve como objetivo geral analisar os processos educativos vivenciados pelas mulheres no trabalho artesanal, discutindo se e como esses processos contribuem para a produção da consciência crítica da realidade. A metodologia estruturou-se desde a triangulação entre a hermenêutica feminista, a pesquisa participante e a etnografia. A pesquisa participante contribuiu para integrar investigação, saberes e experiências em direção ao agir crítico no e com o mundo, oportunizando às participantes envolvidas tecer compreensões sobre as formas de funcionamento dos sistemas de dominação e opressão. A hermenêutica feminista, enquanto metodologia, valorizou a narrativa das experiências das mulheres e as observações realizadas no campo empírico. Como resultado, foi tramada a reflexão do “sentipensar-fazer”, analisada como a “arte popular tecedora de insurgências”. Esta última, ressignificada pelas intenções político-criativas conscientes das artesãs, a partir da apreensão crítica dos seus contextos amanualizados. E ainda, foi possível reafirmar que os saberes imbricados nas experiências do trabalho artesanal continuam vinculados ao cotidiano doméstico, sendo uma razão para manterem-se desvalorizados e invisibilizados. O empenho de um “sentipensar-fazer” consciente e crítico realizado pelas artesãs é, a meu ver, a consciência feminista em sua práxis que, por meio da “arte popular tecedora de insurgências”, possibilita incrementar os Estudos Feministas e a Educação Popular no reconhecimento das experiências das marginalidades, levando em conta a realidade das artesãs que bordam, tecem e pintam gênero, classe e raça como ato político.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Escola de Humanidades} }