@MASTERSTHESIS{ 2024:1253886536, title = {Avaliação do uso de corticosteroides no tratamento de pacientes hospitalizados por Covid-19 e seus efeitos sobre a Covid longa}, year = {2024}, url = "https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/11274", abstract = "A doença COVID-19, causada pelo vírus SARS-COV-2, foi responsável por infectar grande parte da população mundial, caracterizando uma pandemia e resultando em um elevado número de óbitos. Atualmente, as características da doença, seus fatores de risco e gravidade estão bem definidos e, com a vacinação, os casos e óbitos estão controlados. Durante a pandemia, os corticosteroides foram muito utilizados, devido sua ligação com o controle da inflamação, se estabelecendo uma relação com a redução da mortalidade. Além das consequências vivenciadas durante o surto da doença, hoje outras situações colocam em risco a saúde física e mental da população, como a COVID longa, caracterizada por sintomas tardios em pacientes pós-infecção aguda. Suas características, controle e tratamento tem sido motivo de investigação. Com isso, tendo em vista a relação dos corticosteroides com a doença, este trabalho visa avaliar seus efeitos sobre a COVID longa de pacientes hospitalizados. Nesta coorte retrospectiva, foram avaliados pacientes internados em um hospital universitário com testes RT-PCR positivos e idade ≥18 anos no período de abril de 2020 a abril de 2021. Como desfecho, consideramos a alta hospitalar e o óbito. Foram coletados dados a respeito das características sociodemográficas e clínicas e do tratamento com corticosteroides. A COVID longa foi avaliada através de retornos hospitalares pós-alta. A análise estatística foi feita no programa SPSS. Foram avaliados 420 pacientes, em que houve a prevalência de homens (55%), idade ≥60 anos (57%) e apenas 89 (21%) não apresentavam doenças prévias. Destes, 96 (23%) vieram a óbito, onde 73 (76%) eram graves. Dentre os sobreviventes, 104 (32%) retornaram ao hospital após a alta e as características sociodemográficas foram semelhantes aos dados da doença aguda. O uso de corticosteroides foi relacionado, com significância estatística, a um maior número de óbitos na análise referente a população geral, porém esta relação não foi estabelecida quando ajustado para a gravidade dos casos. Em relação aos retornos, o uso de corticoides não teve significância estatística sobre a população sobrevivente e o resultado se manteve com ajuste por gravidade. Contudo, quando analisado por taxas de retorno, o uso de corticoides representou uma redução significativa deste índice em 35,6% (IC95% 6,8 a 55,6) RR = 0,644 (IC95% 0,444 a 0,932; p = 0,020). Porém, quando ajustado para a gravidade dos casos este efeito também não atingiu significância estatística (p=0,212). Para a análise de desfechos desfavoráveis (óbito/retorno), apesar da redução de 10,2%, a utilização de corticoides não atingiu significância estatística (RR = 0,898, IC95% 0,704 a 1,146; p=0,386), entretanto não se descarta uma redução de 30% quando comparado a populações maiores. Concluímos que o uso de corticoides foi capaz de reduzir as taxas retornos hospitalares pós-alta em relação a população geral. Em relação a gravidade da doença, tais achados não podem ser considerados, e isso pode ser explicado pelo baixo poder amostral.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde}, note = {Escola de Medicina} }