@MASTERSTHESIS{ 2024:1253280191, title = {Narrativas da dissidência : problematizações de elementos formadores da subjetividade de docentes LGBTQIAPN+}, year = {2024}, url = "https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/11267", abstract = "A escola tem sido vastamente estudada como lócus a partir do qual constitui-se o educador, e há estudos que falam da identidade docente, que mesclam o sujeito profissional ao indivíduo humano. Todavia, muitos estudos lançam um olhar generalizado sobre o professorado, negligenciando algumas especificidades – como as expressões de gênero e de sexualidade – que, ao considerar a sociedade atual, emergem como recortes indissociáveis das diferentes tessituras socioculturais e como elementos caros aos processos de construção de subjetividade. Pensando nessa situação, a ideia central deste estudo é compreender, através de relatos escritos – que têm inspiração nas escrevivências produzidas por mulheres negras brasileiras, em especial Conceição Evaristo, inauguradora do conceito –, como um grupo de docentes LGBTQIAPN+ constitui(u) suas subjetividades, considerando as agências das relações sociais de saber-poder no ambiente escolar. Para tanto, busco problematizar as normas sociais de produção de corpos, de expressões de gênero e de sexualidades engendradas pelos instrumentos de biopoder (Butler, 2003; Foucault, 1999; 2008; 2004; Goellner, 2003; 2009; Louro, 1997; 2003; 2010), observando de que formas elas se entranham nos processos de geração de subjetividades docentes; investigar como as relações de alteridade se dão nos ambientes escolares entre professores/as LGBTQIAPN+ e seus pares externos à sigla e de que maneira elas colaboram com os processos de subjetivação dos pesquisados; por fim, desejo pensar, por meio das escrevivências, nas produções de si que tomam forma a partir dos discursos sobre as maneiras de ser e estar no ambiente escolar (Deleuze; Guattari, 1995; Guattari; Rolnik, 1999). Sendo esta uma pesquisa que opera pela perspectiva pós-estruturalista, escolhi as escrevivências como forma de construir minha materialidade, justamente para lançar sobre esses textos um olhar diferenciado, mais próximo de elementos pós-qualitativos, que preconiza a documentação, a provocação e a imaginação, que são disparadores para uma maneira de se fazer pesquisa sem já ter um caminho pré-concebido. O grupo pesquisado consistiu em quatro docentes da Educação Básica (tanto atuantes quanto ex-professores), cuja participação nesta pesquisa deu-se por meio de convite direto, por autoindicação, ou ainda por indicação de terceiros. Além disso, esse grupo foi composto por pessoas de diversas expressões de gênero e sexuais - todas pertencentes à sigla LGBTQIAPN+. Os resultados me dão pistas para compreender que, através das narrativas recebidas, as relações de preconceito, inferioridade e rechaço propostas nas teorias que embasam este estudo concretizam-se no ambiente escolar de diversas maneiras e em diversas gradações. Contudo, felizmente, tais atitudes não são unanimidade, embora estejam presentes em todos os relatos descritos nesta pesquisa em certa medida. Além disso, nesses relatos é possível perceber marcadores socioculturais específicos que estiveram envolvidos na construção das subjetividades dos/as docentes pesquisados/as e, a partir disso, discuti sua relação com a manutenção das lógicas hegemônicas, coloniais e conservadoras que estabelecem relações de saber-poder reguladoras dos corpos, as expressões de gênero e de sexualidade das pessoas LGBTQIAPN+. Saliento, ainda a importância de seguir pesquisando outros públicos, a fim de ampliar o conhecimento sobre as diversas facetas das relações humanas no que toca à formação de subjetividade de diferentes grupos.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Escola de Humanidades} }