@MASTERSTHESIS{ 2024:1092982797, title = {Cosmovis?es, ancestralidades e mem?rias que n?o querem calar nos rugidos da on?a, de Micheliny Verunschk}, year = {2024}, url = "https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/11209", abstract = "Toda obra liter?ria traz em si uma perspectiva de mundo, ou seja, um modo de pensar e ver a realidade. Nesse sentido, a partir de um recorte espec?fico para esta disserta??o, o presente trabalho busca explorar o modo como Micheliny Verunschk (2021) desenvolve seu argumento, na obra O som do rugido da on?a, tomando como base a chegada de dois naturalistas alem?es que desembarcaram no Rio de Janeiro, em 1817, os quais, a partir da rela??o constru?da entre eles e os ind?genas do povo Miranha do Brasil, come?am a buscar e adquirir artefatos considerados significativos da cultura brasileira, para levar para a Alemanha do s?culo XIX. Para o povo Miranha, a on?a ? a deusa da ca?a, aquela que todos devem temor e respeito, porque a on?a permite que os ind?genas vivam em seus dom?nios. A personagem I?e-e, personagem principal da obra, era muito pequena, quando desapareceu do seu povo, sendo encontrada somente horas depois, na beira de um rio, em companhia da on?a chamada Tipai uu. A menina estava intacta e foi a partir da? que come?aram as desconfian?as do pai da crian?a, o tuxaua Jo?o Manoel, de que a crian?a havia feito um pacto com a on?a e, por conta disso, I?e-e era, agora, inimiga como a on?a. Partindo deste enredo inicial, nesta disserta??o, analiso os aspectos em que a obra se desenvolve para falar das cosmovis?es e das ancestralidades dos povos origin?rios do Brasil, como, por exemplo, no caso do nascimento da on?a Tipai uu e da origem do ?on?amento? da menina ind?gena I?e-e. Tamb?m analiso os ensinamentos m?ticos da On?a Grande, como xam? e protetora, aquela que tem o poder de navegar entre o passado, o presente e o futuro. No cap?tulo intitulado de ?As mem?rias do rio? analiso as narrativas e as conflu?ncias do rio Izar, de Munique, personagem e narrador na obra. Al?m disso, ao analisar a transforma??o do personagem menino Juri em menino-peixe e de I?e-e em menina-on?a, busco falar sobre aquilo que N?go Bispo (2023, p. 30) chamou de seres ?diversais?, ou ?cosmol?gicos?, que s?o aqueles que querem apenas viver se tornando cada vez mais conectados aos v?rios ecossistemas, ?s v?rias esp?cies e a v?rios reinos. J? no cap?tulo nomeado de ?A on?a na cidade?, exponho as minhas ideias sobre a chegada da on?a na cidade, abordando, em conjunto, o enredo da personagem Josefa, personagem brasileira, contempor?nea, criada como met?fora do Brasil, conforme afirmou a pr?pria escritora Micheliny Verunschk (2023). Para tanto, s?o estudados alguns te?ricos que discorreram largamente sobre o assunto, como Ailton Krenak (2020, 2021, 2022, 2023), Davi Kopenawa (2015), Kak? Wer? Jecup? (2020) e Linda Tuhiwai Smith (2018).", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Letras}, note = {Escola de Humanidades} }