@PHDTHESIS{ 2019:49376033, title = {Sob o fio da navalha : a saúde mental das mulheres a partir da perspectiva de classe social, gênero e raça e/ou etnia}, year = {2019}, url = "https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10897", abstract = "A presente tese visa analisar como se expressam as categorias gênero, raça e/ou etnia e classe social na produção do conhecimento sobre a saúde mental das mulheres e nas políticas públicas de saúde da mulher e saúde mental, a fim de contribuir para a qualificação de estratégias interventivas para o desenvolvimento da atenção integral em saúde mental das mulheres”. Para o desenvolvimento deste estudo utilizou-se como referencial epistemológico o método dialético crítico a partir das categorias centrais como totalidade, historicidade e a contradição, estando presente no desenvolvimento de todo o trabalho. A investigação é de natureza qualitativa e contemplou um estudo teórico-bibliográfico e documental. A pesquisa bibliográfica foi utilizada com o propósito de conhecer a produção do conhecimento sobre a saúde mental das mulheres. A fundamentação teórica das categorias classe social, raça e/ou etnia e gênero, foram respaldadas por estudos vinculados a concepção materialista, utilizando as produções científicas de Daniele Kergoat, a partir do seu método de análise que compreende que as relações sociais de sexo, raça e classe são concebidas de modo indissociáveis, utilizando-se o conceito de consubstancialidade/coextensividade das relações sociais. As políticas públicas de saúde mental que correspondem ao aparato legal da Reforma Psiquiátrica, apresentam uma abordagem generalista, sem abranger as inúmeras singularidades e os determinantes sociais para o adoecimento psíquico, ao assumir essa postura homogênea e androcêntrica, invisibilizando as mulheres, reforçando suas assimetrias. Assim como, as políticas públicas de saúde para as mulheres e saúde mental, possuem características fragmentadas e universalizantes, causando lacunas nos processos de cuidado, já que não atentam para distintas singularidades das usuárias e corroboram para o negligenciamento do direito à saúde e os demais princípios que constituem o SUS. A articulação de gênero com as demais categorias opressoras foi escassa nos estudos analisados, ao isolar a categoria, ela torna-se hierarquizada sobre as demais e impede a análise complexa do fenômeno, a compreensão fica assim fragmentada e impede a percepção dos estruturantes sociais. No entanto, as produções com dinamicidade das categorias auferiram destaque nas análises apresentadas a contrapelo sobre as mulheres negras, tecendo contribuições sobre esta temática oculta na história da loucura e desvelada nesta escrita. A produção do conhecimento sobre a saúde mental das mulheres a partir da consubstancialidade/coextensividade das categorias classe social, raça e/ou etnia e gênero, demonstra que estes estudos desconhecem como se estruturam as relações sociais e promovem exclusões, opressões e desigualdade às mulheres, em consequência disso são determinantes para o adoecimento psíquico e se impõem como barreiras de acesso para a atenção em saúde mental. A partir do estudo desenvolvido compreende-se que a partir da combinação dos sistemas patriarcal, racista e capitalista, como estruturantes na produção de desigualdades e das relações sociais, a consubstancialidade e a coextensividade das reações entre categorias gênero, raça e/ou etnia e classe social corroboram para a produção de processos de adoecimento psíquico das mulheres", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Serviço Social}, note = {Escola de Humanidades} }