@PHDTHESIS{ 2021:952910975, title = {Estrutura??o e valida??o diagn?stica de instrumento de autorrelato e perfil epidemiol?gico e indicadores de risco para vari?veis endod?nticas: uma s?rie de estudos observacionais}, year = {2021}, url = "https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10400", abstract = "Objetivo: Esta tese teve como objetivo principal estruturar e validar um instrumento de autorrelato em sa?de bucal capaz de detectar a preval?ncia das patologias pulpares e periapicais. Como objetivo secund?rio, esta tese buscou avaliar o perfil epidemiol?gico e indicadores de risco associados ?s consultas de urg?ncia odontol?gica (CEO) em diferentes pa?ses, estando dividida em oito artigos: 1- um estudo transversal avaliando a acur?cia do autorrelato do tratamento endod?ntico (ARTE) como medida preditora de tratamento endod?ntico (TE) e periodontite apical (PA) em uma sub-popula??o sul-brasileira; 2- um estudo transversal multic?ntrico avaliando a acur?cia do ARTE como medida preditora do TE e da PA em diferentes contextos populacionais, em sub-popula??es do Brasil e da Mal?sia; 3- um estudo de constru??o e valida??o de um question?rio de autorrelato voltado para a predi??o da PA (ARPA); 4- um estudo transversal analisando a acur?cia do ARPA em uma sub-popula??o sul-brasileira; 5- um estudo transversal analisando a preval?ncia de CEO envolvendo al?vio de dor e indicadores cl?nicos e socioecon?mico associados em uma amostra representativa de dentistas do servi?o privado da Austr?lia; 6- um estudo transversal analisando o perfil das CEO e a associa??o com par?metros cl?nicos e ambientais em uma amostra do servi?o p?blico do Uruguai; 7- um estudo transversal analisando a associa??o entre aspectos socioecon?micos e vari?veis endod?nticas em uma sub-popula??o sul-brasileira; 8- um estudo transversal analisando a rela??o entre o autorrelato de sa?de bucal (ARSB) e estilo de vida e indicadores sociodemogr?ficos, m?dicos e odontol?gicos em uma sub-popula??o sul-brasileira. M?todos e Resultados: No artigo 1, foram inclu?dos 136 indiv?duos que responderam a um question?rio de autorrelato (exposi??o: ARTE) e realizaram exame cl?nico e radiogr?fico periapical (desfecho: observa??o radiogr?fica de TE e PA). A acur?cia diagn?stica foi calculada separadamente para TE e PA. Foram observados os valores de acur?cia, sensibilidade (SS), especificidade (ES), valores preditivos positivos (VPP) e negativos (VPN), efici?ncia e raz?es de verossimilhan?a positiva (RVSP) e negativa (RVSN). O ARTE demonstrou alta SS e ES para o TE (0.960; 0.835), mas n?o para a PA (0.757; 0.631). Os valores referentes ao VPP e VPN foram, respectivamente: TE (0.777; 0.972) e PA (0.396; 0.890). Os valores referentes a RSVP e RSVN foram, respectivamente: TE (5.853; 0.046) e PA (2.057;0.383). No artigo 2, foram inclu?dos 338 pacientes provenientes de amostra multic?ntrica (Brasil e Mal?sia). O ARTE (exposi??o principal) foi obtido por meio de question?rio, e os diagn?sticos de TE e PA (desfechos) foram obtidos por meio da an?lise de radiografias panor?micas. Foram observados os valores de acur?cia, SS, ES, VPP, VPN, efici?ncia, RVSP e RVSN. Os valores do ARTE para a presen?a de TE e PA foram, respectivamente: acur?cia (0.879; 0.572); SS (0.938; 0.646); ES (0.824; 0.544); VPP (0.830; 0.453); VPN (0.936; 0.710); efici?ncia (0.881; 0.595); RVSP (5.329; 1.418); RVSN (0.075; 0.650). No artigo 3, inicialmente um question?rio com 48 itens foi desenvolvido ap?s revis?o de literatura acerca de aspectos relacionados ? PA. O instrumento foi submetido ? valida??o de conte?do e face por meio da an?lise de um comit? de especialistas e a aplica??o do question?rio em uma amostra piloto. Finalmente, o question?rio foi respondido por 199 pacientes provenientes de dois centros de triagem odontol?gica (PUCRS e UFSM), sendo seus resultados submetidos ? an?lise fatorial explorat?ria (AFE), visando ? redu??o de itens e constru??o do instrumento final de autorrelato para PA (ARPA). A valida??o de face e conte?do resultou em um question?rio com 38 itens. Ap?s a AFE, restou um question?rio com 8 itens, distribu?dos em 3 fatores. Todos os itens apresentaram carga fatorial >0.5 e o modelo foi respons?vel por 66.63% da vari?ncia. A escala reduzida apresentou um valor do teste Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) de 0.659, coeficiente alfa de Cronbach de 0.85 e coeficiente de correla??o intraclasse de: 0.82. No artigo 4, procedeu-se a an?lise da acur?cia do instrumento ARPA desenvolvido no artigo anterior. O ARPA foi respondido por 182 pacientes que realizaram radiografias panor?micas nas cl?nicas de triagem da PUCRS e UFSM, das quais foram coletados os desfechos de diagn?stico de PA e presen?a de TE. Foi calculada a an?lise da ?rea sob a receiver operator curve (AUROC) para estabelecer o melhor ponto de corte discriminat?rio de diagn?stico de PA para os escores do ARPA. Foram analisados os valores de acur?cia, SS, ES, VPP, VPN, RVSP e RVSN. Os valores do ARPA para o diagn?stico de PA foram: AUROC (0.672), acur?cia (0.615); SS (0.636;); ES (0.590); VPP (0.0649); VPN (0.576); RVSP (1.207) e RVSN (0.615). No artigo 5, foram coletados dados com rela??o ao motivo da consulta odontol?gica (emerg?ncia / n?o emerg?ncia) e caracter?sticas cl?nicas (n?mero de dentes, n?mero de dentes cariados, diagn?stico) e sociodemogr?ficas (sexo, idade, seguro sa?de) de 6504 pacientes a partir de uma amostra representativa de 1148 dentistas do setor privado da Austr?lia, durante o per?odo compreendido entre os anos 2009-2010. As associa??es entre as CEO e os indicadores cl?nicos e sociodemogr?ficos foram calculadas por meio de modelos de regress?o de Poisson, sendo calculados os valores de raz?es de preval?ncia (RP) e intervalos de confian?a (IC 95%). Na an?lise ajustada para sexo, idade, seguro sa?de, n?mero de dentes e dentes cariados, o diagn?stico de doen?a pulpar/periapical foi associado de maneira independente ? CEO quando comparado aos demais diagn?sticos (falha de restaura??o: RP = 0.45; desordem periodontal: RP = 0.51; c?rie: RP = 0.34; outros = RP 0.19), com exce??o do diagn?stico de trauma dental (RP = 1.37). No artigo 6, foram coletados dados sociodemogr?ficos (idade, sexo, esta??o do ano e turno de atendimento) e cl?nicos (diagn?stico) de 32168 pacientes atendidos em CEO em um servi?o p?blico no Uruguai, durante o per?odo de Janeiro de 2014 a Janeiro de 2019. Foram utilizados modelos de regress?o de Poisson para analisar as associa??es entre as vari?veis de exposi??o (sociodemogr?ficas) e o desfecho (diagn?stico na CEO) por meio do c?lculo das RP e IC 95%. O modelo de regress?o ajustado revelou uma associa??o independente entre CEO por diagn?stico endod?ntico e sexo masculino (RP = 1.05; IC 95% = 1.04 ? 1.06), faixas et?rias de <60 anos (0 ? 18 anos RP = 1.36; IC 95% = 1.31 ? 1.41 e 19 ? 59 anos RP = 1.33; IC 95% = 1.28 ? 1.38), turnos de atendimento da tarde (RP= 1.01; IC 95% = 1.00 ? 1.02) e noite (RP = 1.03; IC 95% = 1.01 ? 1.04). Comparado ao ver?o, todas as outras esta??es do ano apresentaram menores RP com rela??o ao diagn?stico endod?ntico na CEO (primavera RP = 0.97; IC 95% = 0.96 ? 0.99, inverno RP = 0.95; IC 95% = 0.93 ? 0.96 e outono RP = 0.97; IC 95% = 0.96 ? 0.99). No artigo 7, 239 indiv?duos que realizaram radiografias panor?micas no centro de triagem da PUCRS foram inclu?dos. Dados referentes a sexo, idade, h?bito de fumar, frequ?ncia de ingest?o de bebidas alco?licas, n?vel educacional e renda familiar mensal (vari?veis de exposi??o) foram coletados a partir de question?rios. Informa??es referentes a presen?a de TE, qualidade do TE (QTE) e diagn?stico de PA (vari?veis desfecho) foram obtidos a partir das an?lises das radiografias panor?micas. Modelos de regress?o de Poisson foram utilizados para an?lise da associa??o entre as vari?veis socioecon?micas e as endod?nticas (RP e IC 95%). Os modelos multivariados demonstraram uma maior frequ?ncia de TE em indiv?duos com maiores n?veis de escolaridade (ensino m?dio completo: RP = 1.41 e ensino superior: RP = 1.50) e com ?60 anos de idade (RP = 1.31). A AP foi associada com o sexo masculino (RP = 1.84). Nenhuma das vari?veis de exposi??o foi associada com a QET. No artigo 8, 172 pacientes responderam a um question?rio estruturado de autorrelato. A vari?vel desfecho consistiu no autorrelato de sa?de bucal (ARSB) e as vari?veis de exposi??o consistiram no sexo, idade, n?mero de dentes autorrelatado, h?bito de fumar, frequ?ncia de ingest?o de bebidas alco?licas, ?ndice de massa corporal (IMC) ? calculado a partir do relato de peso e altura dos pacientes ? frequ?ncia de escova??o dental e hist?rico de doen?as cr?nicas n?o transmiss?veis (DCNT). A associa??o entre as vari?veis foi estimada por meio de modelos de regress?o de Poisson com c?lculos de RP e IC 95%. Os modelos de regress?o ajustados para co-vari?veis demonstraram associa??o de pobre ARSB e h?bito de fumar (RP = 1.10; IC 95% = 1.00 ? 1.22) e obesidade (RP = 1.15; IC 95% = 1.04 ? 1.27). Conclus?es: o artigo 01 demonstrou que o ARTE ? um bom preditor da presen?a de TE, contudo n?o prediz de modo suficiente a presen?a da PA nesta sub-popula??o. O artigo 02 demonstrou que a acur?cia do ARTE na identifica??o de pacientes que apresentam TE e/ou PA ? contexto-dependente, podendo variar de acordo com o perfil da popula??o. No geral, o ARTE demonstrou ser um m?todo v?lido para predi??o do TE, mas n?o da PA nas duas popula??es analisadas. O artigo 03 gerou um instrumento sucinto de autorrelato para vari?veis endod?nticas, apresentando n?veis aceit?veis de confiabilidade e estabilidade. O artigo 04 demonstrou que o instrumento de ARPA apresentou poder de predi??o da PA em at? 65% dos casos, sendo de f?cil aplica??o e baixo custo principalmente para a utiliza??o em rastreamentos populacionais em grande escala. O artigo 05 revelou uma forte associa??o dos diagn?sticos endod?nticos (doen?a pulpar e periapical) e do trauma dental com CEO e que fatores socioecon?micos (sexo, idade e seguro sa?de) e cl?nicos (perda dental, c?rie, doen?as endod?nticas e trauma dental) s?o indicadores de risco para a busca por CEO na popula??o Australiana. No artigo 06, tend?ncias sazonais foram identificadas como indicadores de risco para CEO. Fatores sociodemogr?ficos (sexo masculino e menor faixa et?ria) e padr?es sazonais (ver?o e turnos de atendimento da tarde e noite) foram associados com uma maior preval?ncia de CEO relacionadas ? doen?a pulpar e periapical. O artigo 07 demonstrou que uma maior preval?ncia de PA foi associada ao sexo masculino, j? a presen?a de TE foi associada com idade e n?vel educacional, sugerindo uma diversidade no acesso a tratamentos mais conservadores como o TE, podendo ser moduladas por fatores socioecon?micos como o acesso ? educa??o. O artigo 08 revelou que fatores relacionados ao estilo de vida est?o associados ao ARSB, sendo que obesidade e h?bito de fumar foram associados com pobre ARSB na sub-popula??o analisada. Esta tese prop?e a utiliza??o de um instrumento de autorrelato para PA na inten??o de contribuir com um acr?scimo no n?mero de estudos de cunho epidemiol?gico na ?rea da endodontia, demonstrando ainda que a investiga??o da preval?ncia do diagn?stico endod?ntico, especialmente no cen?rio das urg?ncias odontol?gicas, pode revelar padr?es de distribui??o e associa??o com diferentes indicadores de risco.", publisher = {Pontif?cia Universidade Cat?lica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de P?s-Gradua??o em Odontologia}, note = {Escola de Ci?ncias Sa?de e da Vida} }